A banda paulistana Névula, uma das apostas mais promissoras da nova geração do rock nacional, deu início a um novo capítulo em sua trajetória com o lançamento do single “Recomeço”, disponível desde 19 de setembro em todas as plataformas digitais pela Marã Música. A faixa marca o pontapé inicial do próximo álbum de estúdio do grupo — um projeto ambicioso com dez músicas inéditas — e reforça a identidade sonora que une força, melodia e autenticidade.
Explorando o tema dos ciclos da vida, “Recomeço” reflete sobre desapego, coragem e transformação pessoal, traduzindo em som a busca por reconstrução e autoconhecimento. Gravada de forma colaborativa, a canção ganhou arranjos potentes e um videoclipe dirigido por Du Firmo, que reúne cenas captadas em diversas apresentações da banda e transmite a energia visceral de seus shows.
Formada por Bruno Santos (voz), Fabiano Tenente (guitarra), João Bustamante (baixo) e Fernando Marreta (bateria), a Névula rapidamente se consolidou na cena paulista por unir influências do pop e do rock com letras sobre relações humanas e autoestima. O grupo já se apresentou em palcos como o Centro Cultural São Paulo e o Teatro Arthur Azevedo, conquistando crítica e público — e agora, com “Recomeço”, sinaliza um futuro ainda mais promissor.
O que significa “Recomeço” para vocês pessoalmente? Há algo que cada um tenha precisado recomeçar em sua própria vida recentemente e que se conecta com o single?
Recomeçar é algo que está sempre acontecendo com todos. A música busca trazer à consciência a importância de entender as mensagens que nos são mostradas quando um ciclo se encerra e outro recomeça. A banda passou por um processo de mudança em sua formação, trazendo Bruno Santos como novo vocalista, vivendo as emoções de recomeço.
A música nasceu de sessões ao vivo no estúdio. Como esse processo coletivo influenciou o resultado final? Houve algum momento de divergência criativa que acabou fortalecendo a canção?
As divergências criativas são, no fundo, a soma de esforços em direção a um único objetivo. Com o tempo juntos, aprendemos a compreender a dinâmica de cada um, e a seguir, recomeçando, sempre que preciso.

A mensagem de desapego e coragem para seguir em frente é algo que o público precisa ouvir hoje? O que vocês esperam despertar nas pessoas quando escutarem a faixa?
Sim, sem dúvida. Especialmente diante dos crescentes desafios relacionados à saúde mental. Em um mundo marcado por perdas, mudanças rápidas e pressões constantes, muitas pessoas enfrentam ansiedade, depressão, esgotamento emocional e dificuldades em lidar com o passado. É nesse contexto que colocamos a mensagem de recomeço.
O clipe foi captado ao longo de dois meses em shows e ensaios. O que mais marcou vocês durante essas gravações? Algum momento dos bastidores ficou inesquecível?
Fizemos o primeiro show com nosso novo vocalista Bruno Santos na Virada Cultural, um dos shows captados para o clipe. O sentimento de recomeçar foi muito especial, ainda mais tocando recomeço pela primeira vez dentro do próprio contexto dessa mudança na banda.

Vocês são uma banda que une força, melodia e acessibilidade. Como equilibram a energia do rock com a proposta de serem radiofônicos e dialogarem com diferentes públicos?
A música é o nosso centro gravitacional. Tudo mais orbita em função da música. Essa proposta de ser radiofônico e ter energia do rock é natural para nós pois a Névula tem verdade na música e na atitude. E o público percebe isso.
O próximo álbum terá dez faixas inéditas. Podem dar um “spoiler” do que os fãs podem esperar dessa nova fase? Há temas ou sonoridades que vocês ainda não tinham explorado e que estarão nesse trabalho?
Os fãs podem esperar uma Névula radiofônica, com muita energia e falando de questões que impactam a vida das pessoas.

A Névula já se apresentou em palcos importantes de São Paulo. Como é sentir o retorno do público ao vivo e ver as letras de vocês sendo cantadas em coro?
É muito gratificante olhar o público cantando as músicas. Temos muitas mensagens de pessoas relatando que foram tocadas pela letra ou pela sonoridade e isso as fez refletir sobre suas vidas. É isso que enxergamos do palco quando as vimos cantar! Vidas se transformando pela música!
Regis Tadeu elogiou a performance da banda e tocou vocês no “Rock Brazuca”. Como foi receber esse reconhecimento de um crítico tão respeitado e ver a música de vocês chegando a novos ouvintes?
O Régis é uma das pessoas que mais conhece música no Brasil. É extremamente profissional, muito inteligente e verdadeiro em suas críticas. Confiamos muito na verdade que transmitimos em nossas músicas e ficamos muito felizes com essa chancela do Régis.
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