Lina Cosmic revela lado dark pop em novo single “Everyday”

Luca Moreira
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Lina Cosmic (Pedro Domicio)
Lina Cosmic (Pedro Domicio)

A cantora e compositora Lina Cosmic apresentou ao público, no último dia 26 de setembro, o single “Everyday”, lançado pela Marã Música em todas as plataformas digitais. A faixa, que também ganhou clipe dirigido por Pedro Domicio, marca uma virada estética na carreira da artista ao explorar sonoridades do dark pop com ecos oitentistas, sem abrir mão da modernidade.

Autobiográfica e visceral, a canção reflete o desejo de estar com alguém e não poder, carregando intensidade emocional desde sua composição até a produção final. Com atmosfera intimista e sombria, o lançamento inaugura um novo capítulo na trajetória da artista brasileira, conhecida por transitar entre o pop, o rock e referências eletrônicas.

 “Everyday” nasce de uma experiência pessoal e visceral. Como foi transformar sentimentos tão íntimos em arte, sabendo que o público teria acesso a essa parte da sua história?

Como artista, não tenho escolha senão compartilhar meus sentimentos da forma mais verdadeira possível quando traduzo a minha vida para a música. Acaba sendo algo natural para mim, usando metáforas ou não.

A parceria com Pedro Domicio foi tanto musical quanto pessoal. De que forma a relação entre vocês influenciou no processo criativo e no resultado final do single?

Na época, não havia conexão romântica, apenas uma amizade. Então, não influenciou muito além da parceria musical que já existia.

O clipe foi gravado em um espaço intimista, no apartamento de Pedro, e em uma tarde chuvosa na Urca. Que significado essas escolhas trazem para a atmosfera da canção?

É muito sobre o contraste entre o frio da rua e da chuva com o aconchego de estar dentro de um apartamento. Esse mesmo contraste se reflete na letra: apesar do frio das adversidades, existe o quente do desejo.

Lina Cosmic (Pedro Domicio)
Lina Cosmic (Pedro Domicio)

Você sempre transitou entre estilos diferentes, mas aqui mergulhou no dark pop com ecos oitentistas. O que te atraiu nesse caminho sonoro neste momento da carreira?

Sempre gostei muito de música pop, e boa parte do que ouvimos hoje é herança dos anos 80 e da revolução dos sintetizadores. Por isso, já tinha vontade há muito tempo de experimentar esse caminho.

A letra de “Everyday” surgiu quase como um desabafo. Você acredita que a espontaneidade é uma das chaves para a intensidade emocional das suas músicas?

Sim. Meu compromisso ao fazer música sempre foi com a verdade, por mais fantasiosos que sejam os recursos que eu possa usar para me expressar.

Olhando para sua trajetória, do EP produzido por Liber Gadelha até o álbum “Back in Time” e agora com “Everyday”, como você enxerga essa evolução estética e artística?

Eu era muito nova quando gravei meu primeiro EP. Já escrevia, mas precisei aprender produzindo para entender onde queria que meu som chegasse. No Back in Time eu já tinha noção da sonoridade e, ao mesmo tempo, queria experimentar. Acabou dando muito mais certo.

Lina Cosmic (Pedro Domicio)
Lina Cosmic (Pedro Domicio)

Suas referências vão de Beatles a Lana Del Rey e The Weeknd. Qual dessas influências você sente que mais aparece neste novo trabalho — seja na estética, na sonoridade ou na narrativa?

The Weeknd, mas muito a Lana também. Eles dois me ajudaram a desenvolver essa aura mais “sexy” para a música e a perder a vergonha de falar mais diretamente sobre amor.

O lançamento de “Everyday” inaugura um novo capítulo na sua carreira. Que caminhos você gostaria de explorar daqui pra frente e que Lina Cosmic o público pode esperar conhecer?

No momento, quero deixar a vida me mostrar o que o destino reserva. Mas o synth pop e o post-punk parecem me chamar agora.

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