Sound Bullet revisita clássico com versão acústica e participação da Nova Orquestra

Luca Moreira
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Sound Bullet (Tadeu Fotografia)
Sound Bullet (Tadeu Fotografia)

No dia 12 de setembro, a banda carioca Sound Bullet lançou o single “When It Goes Wrong (Acoustic)”, uma releitura especial que celebra os 10 anos da faixa que marcou o início de sua trajetória. Disponível em todas as plataformas digitais pela Marã Música, a nova versão traz arranjos inéditos com a Nova Orquestra e a participação da cantora Fê Smania, além de um clipe ao vivo gravado em estúdio que foi divulgado no mesmo dia. Com uma sonoridade mais delicada e intimista, o trabalho contrasta com a energia da gravação original e reforça a proposta da banda de explorar novas formas de expressão dentro da própria obra.

Como é para vocês revisitar uma música que praticamente inaugurou a história da Sound Bullet e dar a ela uma nova vida dez anos depois?

É um presente para nós mesmos. Ao mesmo tempo é uma forma de dizer “que legal que a gente ainda está fazendo música por aí”, aquela sensação de trilhar o caminho por tanto tempo. Resumo em muita felicidade.

Qual foi o maior desafio ao transformar uma faixa originalmente dançante em uma versão mais contemplativa e delicada, sem perder a essência da canção?

Foi não querer trazer essa forma dançante, com certeza. A música está completamente ligada à essa batida desde a sua criação, então como transformar em um indie pop mais suave e ainda com orquestra? É bem difícil, mas deu certo. A orquestra mesmo ajudou a trazer essa tranquilidade para a gente na hora de moldar os arranjos.

Sound Bullet (Tadeu Fotografia)
Sound Bullet (Tadeu Fotografia)

Como foi a experiência de trabalhar com uma orquestra e incluir novos elementos e texturas sonoras? Trouxe alguma emoção diferente para vocês durante a gravação?

Foi muito interessante, não é a primeira vez que temos cordas em uma faixa, mas é a primeira vez que participamos de todo o processo desde o arranjo até a gravação, podendo trazer pitacos e fazer essa troca com os músicos. Então foi bem diferente e interessante. E trouxe uma série de emoções, saber que contávamos com músicos com outras experiências e poder entender como eles enxergavam aquilo que estava sendo trabalhado.

A participação dela trouxe um toque especial à faixa. Como surgiu o convite e o que mais surpreendeu vocês na colaboração?

Foi uma ideia que surgiu junto com o João, da Agência Olga, e evoluiu para uma parceria que envolveu a Marã, a Olga e a Nova Orquestra junto com a gente. De um feat em uma música, se tornou em um EP bem especial pra gente. E o que mais surpreendeu foi como nós fomos acolhidos, sabe? Por todos, não só pelos músicos ali. Foi uma parceria com o significado real da palavra.

Sound Bullet (Tadeu Fotografia)
Sound Bullet (Tadeu Fotografia)

Vocês comentaram que a gravação foi ao vivo no estúdio. Alguma situação engraçada ou inesperada aconteceu nos bastidores que merece ser compartilhada?

Aconteceu, sim! Mas acho que não vamos contar por agora. Mas fica aqui a nossa admiração pelos músicos do quarteto que são incríveis e nos fizeram ficar de queixo caído com a sua versatilidade e experiência.

Olhando para trás, o que mudou na Sound Bullet desde que “When It Goes Wrong” foi lançada pela primeira vez? E o que permanece igual no DNA de vocês?

Mudou tudo e não mudou nada, ao mesmo tempo. Somos pessoas diferentes, a banda em si só tem 3 membros daquela época e as influências mudaram muito. Também já não somos mais jovens adultos. Só que ainda gostamos de guitarra, indie e música com texturas e dança. É difícil de explicar, mas somos os mesmos, ao passo que nunca faríamos uma WIGW igual àquela.

Como esperam que os fãs recebam essa versão? Acham que ela vai atingir um público novo ou falar de forma diferente com os ouvintes de longa data?

Espero que traga um calor no coração de cada um que ama a versão original, um sentimento de saudade boa. Mas também queremos que a nova versão com a Fê Smania trazendo uma voz super bonita e diferente também toque novas pessoas e cause um sentimento bom.

Essa releitura marca um momento comemorativo. Já pensam em revisitar outras músicas antigas ou o foco agora é explorar novos caminhos criativos?

Virá ao menos uma nova revisitação, sendo que já fizemos algumas no ano passado e retrasado. Mas agora, eu diria que o caminho aponta pra músicas inéditas. Temos algumas para lançar. E quem sabe 2027 tenhamos novas versões também. O Terreno vai completar 10 anos.

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