Com estreia marcada para 15 de agosto nos cinemas dos EUA e lançamento via VOD no Canadá, A Spartan Dream marca não apenas um novo capítulo na carreira de Peter Bundic, mas também consolida a parceria entre o ator e o roteirista Leonidas G. Demas. Em entrevista exclusiva, Demas destaca a sinergia criativa com Bundic, protagonista do longa e coautor de outros projetos em conjunto, como Bocce Boys e Escape Sonata. “Trabalhar com Peter é colaborar com alguém que pensa cinema de forma visceral — ele atua, escreve e tem um olhar de diretor mesmo quando está na frente das câmeras”, diz o roteirista, que também celebra o reconhecimento internacional do filme, vencedor no Festival de Cinema de Praga e no Cyprus International Film Fest.
“A Spartan Dream” venceu prêmios em festivais internacionais e traz uma narrativa inspiradora. Que tipo de história você quis contar com esse roteiro — e por que achou que esse era o momento certo para lançá-la?
Eu queria contar uma história que se relacionasse com a minha própria vida, ao visitar a Grécia várias vezes durante a juventude, e transmitir um aspecto diferente da Grécia do que tem sido mostrado recentemente, o que considero estereótipos comuns e superficiais da cultura grega moderna. É verdade que os estereótipos são inevitáveis até certo ponto, mas eu espero mostrar pessoas do interior lidando com um jovem visitante greco-americano que, curiosamente, espera que os gregos de hoje ainda sejam tão devotados ao passado antigo quanto ele é.
A produção tem um elenco e equipe inteiramente gregos. O que essa escolha representa para você, especialmente como roteirista e criador de uma história que também carrega identidade e herança cultural?
Ter um elenco e equipe inteiramente gregos (exceto pelo papel do embaixador britânico na Grécia) foi uma experiência especial. Eu estava um pouco nervoso quanto a isso. Mas essas pessoas foram absolutamente profissionais e unidas, remando como a tripulação de Odisseu em sua nau homérica. Sem reclamações, sem atritos, com alto astral e dedicação às suas respectivas funções. Tendo sangue grego nas veias, fiquei muito orgulhoso… e grato.
Peter Bundic interpreta Brad Cavallopoulous, o protagonista do filme. O que mais chamou sua atenção nele como ator, a ponto de você confiar esse papel principal a ele?
Peter é um jovem maravilhoso e simpático. Ele é de Vancouver e descendente de um vilarejo espartano nas montanhas ao redor da moderna cidade de Esparta (sim, ela ainda existe!). Com seus 20 anos, ele demonstrou nos testes exatamente o que eu buscava em um jovem para interpretar Brasidas – uma alma moderna em um mundo mundano, ansiando por uma chance de ser herói por mérito próprio.
Como foi o processo de colaboração entre você e Peter Bundic durante o desenvolvimento do personagem? Houve espaço para improvisações ou contribuições criativas da parte dele?
Peter estava geralmente sob os cuidados do nosso diretor, Michael A. Nickles. Mas, durante as filmagens, consegui inserir aqui e ali algumas das minhas ideias. Isso aconteceu principalmente ao transmitir a Peter o contexto histórico que sustentava a ação moderna da história. Mas, claro, ele estava muito comprometido com o tema do filme e cresceu no papel, apoiando-se em sua própria experiência como ator. Ele foi rápido em captar a essência do roteiro como um todo.
Você se lembra do momento exato em que “soube” que Peter era o Brad ideal? O que ele trouxe para o papel que talvez você nem tivesse previsto no papel?
Quando o vi pela primeira vez em sua submissão, soube imediatamente que sua aparência era perfeita para o papel. Além disso, o fato de ele ter uma conexão pessoal com a Grécia, sendo descendente de ancestrais que vieram exatamente da região onde filmaríamos – isso foi um presente de Deus. Para completar, ele deu vida à determinação obstinada que tornou o personagem de Brasidas ainda mais convincente do que eu havia previsto originalmente.
Confira o perfil de Leonidas G. Demas no IMDB