A atriz grega Georgia Mesariti faz sua estreia no cinema internacional com uma atuação revelação em A Spartan Dream, comédia de realismo mágico que chega aos cinemas e plataformas digitais no dia 15 de agosto. No longa filmado na Grécia, ela interpreta uma misteriosa e encantadora moradora de vila que se torna a âncora emocional de um protagonista perdido entre delírios históricos e pressões familiares.
Misturando fantasia, humor absurdo e romance, o filme transforma a Guerra do Peloponeso em pano de fundo para uma aventura contemporânea, onde Mesariti brilha com elegância clássica, sensibilidade moderna e precisão cômica. Sua performance equilibra o caos narrativo com humanidade e profundidade, destacando-se como um dos pilares emocionais da trama.
Com novos papéis já em vista, Georgia Mesariti surge como uma promissora estrela europeia no cinema independente — e A Spartan Dream marca sua chegada com estilo e força.
Sua personagem em A Spartan Dream atua como um alicerce emocional em meio ao caos, mantendo o protagonista com os pés no chão enquanto o mundo ao redor dele mergulha na ilusão. Como você construiu essa figura tão sensível e ao mesmo tempo firme, e o que mais te comoveu nesse papel?
Através de um entendimento profundo e de um estudo cuidadoso, procurei dar vida a uma personagem que representa uma força silenciosa — sensível, mas também forte. Essas qualidades foram essenciais para manter Brad emocionalmente ancorado. Tive grande confiança no meu diretor, M. Achilles, e juntas trabalhamos para manter esse equilíbrio delicado.
A narrativa de A Spartan Dream mistura fantasia, mitologia, humor e realismo mágico — elementos que exigem um tipo muito específico de entrega artística. Como foi para você atuar nesse equilíbrio entre o absurdo e a emoção, sem perder a verdade da personagem?
Esse é o maior desafio para uma atriz. Imaginar não anula a verdade, pelo contrário, a realça. Através do roteiro, a atriz é chamada a encontrar sua própria verdade única e a falar de maneira profunda e essencial através das palavras de cada personagem que interpreta. O roteiro nos deu a oportunidade de explorar muitas camadas, tanto surreais quanto realistas.
O filme reimagina de forma lúdica a Guerra do Peloponeso de um jeito completamente inusitado e moderno. Você já tinha uma conexão com a história da Grécia ou redescobriu suas raízes sob uma nova luz durante as filmagens?
Como uma mulher grega que cresceu ouvindo e lendo sobre história e filosofia antigas, isso faz parte da minha identidade cultural. No entanto, trazer um pedaço da história à vida através do cinema é uma experiência completamente diferente. É esse processo criativo que me move no meu trabalho. Existe um verdadeiro sentimento de reverência quando conseguimos trazer um fragmento do passado para o presente.

Muitos estão chamando sua atuação de um momento de virada na carreira, elogiando seu carisma, presença em cena e precisão cômica. Como você recebe esse reconhecimento e o que ele significa para esse ponto da sua trajetória?
Sou grata por cada comentário e nunca tomo nada como garantido. Cada papel e cada personagem é um novo começo para mim — uma grande oportunidade de entrar em um novo mundo. A comédia é especialmente exigente porque depende das falhas humanas e das reviravoltas que o roteiro traz. Junto com o Michael, criamos uma personagem sólida e cheia de rachaduras que às vezes traziam humor, outras vezes emoção, exatamente como a história pedia.
Gravar na Grécia certamente adicionou um charme especial ao projeto — não só visualmente, mas também culturalmente. O que significou para você filmar em solo grego e como isso influenciou sua atuação no set?
O próprio cenário foi uma parte essencial da narrativa. A autenticidade da locação tornou a experiência verdadeiramente imersiva. Foi uma honra fazer parte de um projeto que apresenta a Grécia em um palco global. Sinto-me incrivelmente abençoada por ter trabalhado com colaboradores tão maravilhosos, tanto na frente quanto por trás das câmeras!
Sua personagem é tanto uma musa quanto uma figura ativa, subvertendo a imagem feminina passiva tão comum em histórias clássicas. Como você enxerga a força dessa mulher dentro da narrativa e o que quis expressar ao público através dela?
Se pensarmos nas histórias clássicas e tragédias, assim como na mitologia — como Antígona, Electra e a deusa Atena — a natureza feminina nunca foi passiva. Era força, significado e ação. Eu quis continuar essa tradição. Através de Gorgo, procurei destacar esse poder silencioso que influencia tudo sem fazer barulho.
Entre o humor excêntrico, o comentário social e o romance distorcido, A Spartan Dream também explora temas como sanidade, pressão familiar e a busca por sentido. Qual aspecto emocional ou filosófico da história mais ressoou com você de forma pessoal?
O que mais me tocou foi a busca por identidade. Brad, como muitos de nós, luta para entender quem ele realmente é em meio a expectativas, buscas e ilusões. Achei isso profundamente humano — essa ideia de que às vezes é preciso se perder no caos antes de conseguir se levantar como o seu verdadeiro eu.
Com novos papéis principais pela frente, sua jornada no cinema internacional está apenas começando. O que você espera explorar artisticamente daqui para frente, e como esse papel abriu novas possibilidades para você como atriz?
Foi uma grande honra fazer parte deste projeto. O que eu desejo é continuar fazendo trabalhos belos como esse e colaborar com pessoas incríveis como a equipe com quem trabalhei aqui. Meu objetivo é aproveitar e viver intensamente cada momento no presente.
Acompanhe Georgia Mesariti no Instagram