A cantora e compositora Marília Duarte continua a apresentar seu primeiro álbum, “Lado D / Lado A, Dois Lados do Amor”, por meio de singles íntimos e pessoais. Esse projeto foi concretizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo bem-sucedida, que atualmente está em sua fase final. Após revelar uma releitura de “Infinito Particular”, de Marisa Monte, a artista demonstra sua habilidade como letrista na inédita “Tente Entender”.
O lançamento deste novo single marca um momento significativo na trajetória de Marília Duarte. A faixa possui um significado profundamente pessoal para a artista, pois compartilha uma jornada de autodescoberta após enfrentar o diagnóstico de alopecia, uma condição que resulta na perda de todos os pelos corporais.
Neste álbum, Marília explora diversos aspectos do afeto, incluindo o amor próprio. Ela expressa que a obra não se restringe apenas ao amor romântico, com suas oscilações, dores e prazeres, paixões e despedidas. O disco também mergulha na descoberta do amor dentro e fora de nós mesmos, como um ponto de conexão profunda com nossa própria essência e sabedoria.
“Lado D / Lado A, Dois Lados do Amor” é um título intrigante. Pode compartilhar o significado por trás desse título e como ele se relaciona com o conteúdo do álbum?
Eu sempre fui um turbilhão de ideias, apaixonada pelo fazer artístico, sempre criando e compondo muitas obras. Na época eu tinha muitas parcerias com pessoas diferentes e me juntei com Rubens Allan, (violonista de artistas como Vicente Navarro, Malvavela e Lola Indigo) para arranjar 5 faixas desse álbum. Eu cheguei com meu lado mais refinado, alternativo, e erudito e ele com suas influências mais ligadas ao Grove, afro e urbano. Fizemos essa junção, de dois mundos opostos, dois lados que se encontram, em que o disco revela seu potencial, uma vez que é no encontro dessas linguagens, do negro com o branco, do popular com o erudito, do alternativo com o mainstream que o colorido, beleza, harmonias, rítmicas e toda a sonoridade se revelam e se destacam. O nome também faz referência à época em que na Indústria da música, o lado A e lado B eram expressões associadas diretamente aos discos de vinil, em que o B-side dos discos era composto por canções diferenciadas, experimentais, alternativas, e o A-side continha as canções mais comerciais. “Lado D – Lado A/ Dois Lados do Amor” fala sobre as minhas vivências, descobertas e aprendizados do amor, e nos remete ao cenário tanto comercial, quanto ao autêntico e alternativo, na diversidade, espontaneidade, em que transita do lado A “conhecido, pop, habitual “ao seu oposto. De um lado músicas que falam sobre o amor romântico e seus paradigmas, dores, prazeres, amarguras, encontros, ciladas e despedidas; do outro, a descoberta do AMOR como libertação do ego, ponto de conexão e encontro consigo mesmo em uma transcendência real de quem aprende que solitude não é solidão.
O single “Tente Entender” revela uma jornada pessoal e profunda. Como a experiência com alopecia influenciou a criação dessa música e, mais amplamente, sua abordagem artística para este álbum?
Para ser sincera, eu escrevi a letra dessa música antes da Alopecia. Mas esta é uma canção que cada vez faz mais sentido pra mim. Se eu puder relacionar o que em comum a música tem com o que venho aprendendo e vivenciando através das experiências com alopecia, é a questão acerca da transitoriedade da vida. Transitoriedade refere-se à qualidade ou estado de ser transitório, ou seja, temporário ou passageiro. É a característica de algo que não é permanente e que eventualmente chegará ao fim, se transformará ou desaparecerá. Assim como os cabelos e pelos do corpo. Quando se considera a relação entre transitoriedade e alopecia, é importante entender que a alopecia pode ser tanto transitória quanto permanente, dependendo da causa subjacente. De um ponto de vista filosófico, a alopecia pode ser vista como um exemplo da transitoriedade da vida e da impermanência do corpo humano. A alopecia me faz esse convite, de transitar pelas instancias como um lembrete de que a vida é efêmera e que todas as coisas, incluindo a saúde, a forma física, a aparência, são passageiras. Ela nos leva a considerar a natureza mutável do corpo humano e a importância de aceitar as mudanças que ocorrem ao longo do tempo. Muitas pessoas têm uma forte ligação entre sua identidade e sua aparência física, incluindo seu cabelo. A alopecia pode desafiar essas noções e levar as pessoas a explorar questões mais profundas sobre quem são para além de sua aparência externa.
Quem é você? De onde viemos? Para que e porque passamos pelo que passamos? para entender isso é preciso antes de mais nada se admitir o Mistério. O mesmo, para buscarmos a compreensão do mundo como a de nós mesmos. Tente Entender, traz o prisma de que, tudo é aprendizado, transitoriedade e mistério e depende do tipo de lente que você utiliza para ver as coisas, numa espécie de narrativa para o que se revela por trás do entendimento, algo que não se pode ver através da razão, que está além do mistério, onde nenhuma palavra vale a pena ser dita para que esse mistério seja sentido e compreendido.
Abraçar a dversidade sempre foi a minha bandeira bem como encontrar a sabedoria na aceitação de si , para lidar com as mudanças inevitáveis da vida. Lidar com a alopecia pode ser uma oportunidade de desenvolver resiliência e aprender a aceitar como estou nas condições presentes, no agora. Filósofos como os estoicos ensinaram a importância de encontrar a felicidade dentro de nós mesmos, independentemente das circunstâncias externas. Enfrentar a alopecia pode levar alguém a explorar sua jornada interior em busca da verdadeira felicidade e auto aceitação. A alopecia também levanta questões sobre a natureza da beleza e como ela é percebida pela sociedade. Nesse sentido eu quis me expor nos clipes e imagens do disco com as minhas duas instancias, tanto careca quanto cabeluda, sem esconder nada, pois ambas são eu mesma em fases diferentes em que eu me convido a amar e ser amada não como estou, mas como sou. Isso influenciou diretamente a concepção artística desse trabalho.
Essa estética do Álbum pode nos levar a questionar as normas de beleza convencionais e a apreciar a diversidade de formas, jeitos, cores, formas, formatos e aparências que existem em cada um de nós.
Em última análise, a alopecia pode ser vista como um lembrete da transitoriedade da vida e uma oportunidade para a reflexão filosófica sobre temas como identidade, auto aceitação, beleza e a busca da felicidade. Ela nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e explorar questões profundas sobre o significado da existência humana.
A transitoriedade é uma parte fundamental da vida e está presente em muitos aspectos, incluindo emoções, eventos, situações e até mesmo na própria vida humana, que é efêmera.
Por exemplo, as emoções humanas são muitas vezes transitórias, variando de felicidade a tristeza, raiva a alegria, e assim por diante. Eventos na vida de uma pessoa, como um trabalho, um relacionamento ou uma fase da vida, também podem ser transitórios, significando que eles não durarão para sempre. A compreensão da transitoriedade pode ser importante para lidar com as mudanças e desafios da vida, pois nos lembra que as situações difíceis não durarão para sempre, e que é importante valorizar e apreciar os momentos de alegria e felicidade enquanto eles duram. Tente Entender pode ser uma música que ajuda a acalmar nossos sentidos quando estamos com aquela tendência de hiper-racionalizar tudo para achar sentido na vida, e também pode ser um balsamo para a aceitação das impermanências da vida.
O projeto foi financiado coletivamente. Como foi a experiência de envolver seus fãs e apoiadores nesse processo de criação do álbum?
Na verdade, o projeto foi financiado inteiramente por mim, pelo Rubens, e gravado com a ajuda de músicos que toparam participar em parceria com a gente. O Financiamento coletivo aconteceu somente depois, quando o projeto já estava finalizado e foi uma forma de cobrir alguns desses custos dos investimentos em estúdio, mixagem, masterização, filmagem, produção, etc além de uma forma de engajamento dos fãs e público em geral para viabilizar o lançamento e divulgação desse projeto. A experiência do financiamento foi desafiadora e surpreendente ao mesmo tempo. A frustração de não receber o apoio esperado de algumas pessoas em quem confiamos e, ao mesmo tempo, ser surpreendido por aqueles de quem menos esperávamos é uma experiência emocionalmente complexa. Isso pode ser particularmente relevante em contextos como um financiamento coletivo, onde o suporte de amigos, familiares e até mesmo estranhos desempenha um papel crucial no sucesso de uma campanha. essa situação pode desencadear várias emoções, expectativas e desapontamentos: Quando iniciamos um financiamento coletivo, é comum criar expectativas sobre quem estará lá para apoiar nossa causa. Amigos próximos, familiares e colegas podem parecer escolhas óbvias para apoiar uma causa que valorizamos profundamente. A frustração surge quando percebemos que algumas pessoas em quem confiávamos para apoiar não contribuem ou não demonstram interesse na nossa campanha. Esse desapontamento pode ser avassalador, pois parece uma quebra de confiança e apoio emocional. Por outro lado, podemos ter uma surpresa com apoio inesperado: é super possível ser surpreendido por apoio vindo de pessoas que você menos esperava. Essas surpresas podem incluir amigos distantes, conhecidos que você não achava que se importavam tanto ou até mesmo estranhos que se conectaram com sua causa. Essa demonstração de apoio inesperado pode ser emocionante e reconfortante, pois mostra que sua causa ressoa com pessoas que você não tinha percebido. Isso gera Reflexões sobre relações e valores: Situações como essa podem levar a reflexões profundas sobre relacionamentos e valores. Você pode se perguntar sobre a verdadeira natureza das conexões com as pessoas que não apoiaram, bem como sobre o significado do apoio inesperado. A frustração pode ser uma oportunidade para avaliar as prioridades e expectativas em suas relações pessoais. 4.Aceitação e gratidão: À medida que lida com essa mistura de emoções, é importante lembrar que nem sempre podemos controlar as ações dos outros. Algumas pessoas podem ter razões pessoais para não apoiar, e outras podem ter razões pessoais para fazê-lo. Algumas vezes isso diz mais respeito a elas do que a você. Ainda assim, a gratidão pelo apoio inesperado pode ajudar a equilibrar a frustração, lembrando-o de que você não está sozinho em sua causa. Aprendizado e resiliência: Por fim, essa experiência pode ser um aprendizado sobre a complexidade das relações humanas e a imprevisibilidade
Além de temas de amor romântico, você mencionou explorar o amor próprio e a autodescoberta no álbum. Pode nos contar mais sobre essa exploração e como ela se traduz em sua música?
A música sempre foi uma ouvinte amorosa das minhas questões, uma mãe, uma amante, uma amiga, uma parceira…uma forma de extravasar, superar, ressignificar os acontecimentos da vida, para poder reintegra-los de forma mais amorosa e madura, embalar, ordenar, transcender. Através dos prazeres e dores do amor, muitas vezes nos encontramos com a solidão associada à tristeza, mas com a música associada a ampliação do autoconhecimento e práticas como a do Cantoyoga que desenvolvo, através da meditação e demais práticas e reflexões é possível vivenciar um estado em que se constata a solitude como um estado de isolamento voluntário positivo em que entramos em contato com nosso mundo interno, colocamos os pensamentos em ordem e observamos o significado das nossas emoções. Além de Mim, por exemplo, é uma música desse álbum que fala da necessidade do silêncio no refúgio da solitude interna para o encontro com o Eu Superior, termo que diz da nossa verdadeira essência, aquilo que há de mais elevado e puro em nosso ser, que está além de nós mesmos e é nossa identidade verdadeira.
Todo encontro revela uma despedida. Para encontrarmos à nós mesmos, muitas vezes temos que nos despedir, seja de padrões negativos ou de velhos relacionamentos. Dois Lados Do Amor, que leva o título do disco e da faixa 9 do disco, fala desse momento de tomada de consciência em uma relação amorosa, através de um pedido de perdão, de quem confessa seus erros do passado e se despede do velho para ir ao encontro de si mesma para abraçar novos caminhos e a própria identidade. O amor é traduzido de várias formas ao longo das faixas, seja de forma sutil, escancarada ou transcendente.
“Tente Entender” é um vislumbre do que está por vir no álbum. Podemos esperar uma continuidade temática ou alguma surpresa na direção musical no álbum completo?
O Álbum tem uma narrativa implícita, que vai sendo costurada através das faixas. Mas apesar de ter a temática do amor como pano de fundo, não tem como ficar entediado pois assim como na vida, esse amor é vivido e cantado através de várias nuances diferentes. “Tente Entender” é uma prévia intrigante de um álbum que promete uma narrativa rica e envolvente. O álbum terá uma continuidade temática que gira em torno do amor, mas que explorará essa temática de maneiras variadas e multifacetadas, podendo mostrar também algumas surpresas, como participações especiais de Léo Middea, expoente na cena musical de Portugal, Quarteto Iapó , celso de Almeida (baterista da Rosa Passos ganhador do Grammy latino ) e Mariana de Moraes, neta de Vinícius de Moraes.
O disco cria uma experiência musical cativante e envolvente para os ouvintes, à medida que eles são levados por diferentes nuances do amor ao longo das faixas. A ideia de uma narrativa implícita que se desenrola ao longo das músicas é emocionante, pois permite que os ouvintes mergulhem na história e na experiência emocional à medida que o álbum avança. A música é uma forma poderosa de contar histórias e transmitir emoções, e quando combinada com uma temática central como o amor, pode criar uma conexão profunda com o público.
A promessa de variedade nas abordagens do amor também é empolgante, pois mostra que o álbum pode ser dinâmico e diversificado em termos de estilo musical, passeando pelo afro, pop, grove, clássico, alternativo, erudito, com arranjos orquestrais, e nuances de bossa-nova-jazz. Isso pode manter os ouvintes envolvidos e interessados, somado as letras, já que cada faixa oferece uma perspectiva única sobre o tema do amor. Em resumo, com uma temática central envolvente, uma narrativa implícita e uma variedade de nuances sobre o amor, o álbum promete ser uma jornada musical emocionante que provavelmente surpreenderá os ouvintes ao longo do caminho.
Você mencionou que o álbum explora a essência do amor. Para você, qual é essa essência e como você a captura em sua música?
A essência do amor pra mim é um tema profundo e complexo, que muitos artistas tentam expressar diferentes maneiras. Para mim, a essência do amor é sutil. É tornar-se amor, é amar. E está relacionada à ideia de se permitir sentir ,experimentar emoções profundas, mas também aprender com as emoções e sentimentos, o que gera compreensão e ampliação de consciência… o amor frequentemente envolve uma série de emoções complexas, como alegria, ternura, vulnerabilidade, paixão e conexão, mas o amor com o outro e o mundo só pode ser aprofundado conforme ampliamos a conexão conosco mesmos, e isso também requer lapidação de ideias, pensamento, conexão espiritual , práticas e estados que envolvem autoconhecimento, esvaziamento de si para o encontro consigo mesmo, com o outro e com o mundo..
Capturar essa essência em minha música acontece quando ao escrever letras, compor melodias e desenhar harmonias eu me possibilito processar melhor as minhas próprias emoções e sentimentos, permitindo que se expressem e façam sentido, criando pontes para que os ouvintes se identifiquem e façam o mesmo a partir de suas próprias experiências, emoções e sentimentos. Quando as palavras são genuínas e sinceras, os ouvintes podem se identificar e se relacionar mais facilmente com a música.
Acredito que a entrega e forma como eu canto, através da expressão vocal genuína do coração também pode ser um fator de expressão dessa essência do amor. A captura da essência do amor na música e na arte é um desafio que parece ser estimulante irrecusável para todo artista, o que envolve uma combinação de elementos musicais, criatividade e autenticidade. Cada artista tem sua própria maneira única de abordar esse tema universal, e acredito que é essa possibilidade de tanger a verdade que torna a música e a arte tão importantes tão rica e diversificadas
Como é o seu processo criativo ao compor letras que tocam aspectos tão íntimos da vida e das emoções humanas?
A composição acontece pra mim como um fluxo criativo que vem através de um canal, como um portal que se abre e me permite desenhar acordes, melodias e letras, geralmente vem tudo meio que junto. Muitas canções eu escrevo de primeira, outras acabo fazendo a base do violão e melodia primeiros pra depois criar a letra, e algumas vezes vem a letra primeiro e depois eu musico. Mas na grade maioria vem como uma avalanche, como se eu fizesse um download la do céu (risos) através da intuição e desse portal de conexão em que a música rapidamente se revela. Mas as canções sempre tem a ver com vivencias pessoais minhas, em que eu procuro jogar uma luz sob um ponto de vista particular e ao mesmo tempo universal e coletivizador para que mais pessoas possam se relacionar, se identificar e compreender aquela narrativa também.
Além de Marisa Monte, que influências artísticas e musicais contribuíram para a criação deste álbum e da sua carreira em geral?
Puxa, são tantas, conscientes e inconscientemente. Porque nem toda influencia é direta ou escolhida pelo que gostamos. Mas como fruto do que foi vivido e ouvido na vida. A primeira influencia é minha mãe que é cantora e violonista e sempre cantou e tocou lindamente em casa pra gente ouvir, desde a infância ela nos colocava pra dormir ao som de lindas canções praieiras de Dorival Caymmi , bossa novas de Elis, Tom, Milton Nascimento, Nana Caymmi, Chico Buarque todos esses artistas são grandes influencias pra mim. Depois no encontro com o Rubens Allan, produtor de 5 faixas disco , ouvíamos juntos muito Djavan, Monica Salmaso, Concha Buika, Céu, Jorge Drexler, Silvia Perez Cruz , Zap Mama, ella Fitzgerald, dentre outros incríveis artistas, eu sempre gostei muito de world music.
Quais são suas expectativas e esperanças para este álbum? O que deseja que seus ouvintes vivenciem e sintam ao ouvir suas músicas?
Desejo que esse disco possa tocar o coração das pessoas e inspira-las de alguma forma a irem de encontro consigo mesmas , aceitando os encontro e desencontros da vida , aceitando as emoções e sentimentos que todos nós sentimos, seja paixão, raiva, desejo, afeto, culpa, medo, vontade de se descobrir, desapego , solidão, solitude, etc…e que possam entender que emoções se tornam sentimentos, e que sentimentos se tornam compreensões , e que é muito importante sentir, quanto pensar e querer, e que é através do alinhamento dessas três forças e de uma compreensão mais elevada que podemos encontrar com a nossa verdadeira essência que é o amor.
Como você imagina a sua jornada artística após o lançamento deste álbum? Há projetos futuros ou direções musicais que deseja explorar?
Tenho o sonho de fazer uma turnê pela europa com o disco, esse seria um próximo passo, vontade e projeto. Já que eu que sou a compositora e produtora do álbum Lado D/Lado , Dois lados do Amor, moro no Brasil e o Rubens Allan que é o co-produtor mora em Madrid. (toca com Vicente Navarro , Lola índigo, Malvavela e outros artistas). Então o sonho de nos juntarmos para uma turnê seria incrível. Aberta a convites. Acredito que esse trabalho tenha muita possibilidade de se inserir também nos cenários dos festivais, principalmente de mpb, bossa-nova-jazz e world music. Criar novas conexões com artistas diversos e também possivelmente orquestras, porque minhas musicas são bastante orquestrais, seria lindo me juntar com orquestras europeias que estejam querendo explorar o universo da canção popular brasileira. Imagina eu cantando com a Concha Buika ou Silvia Perez Cruz com uma linda orquestra? Seria um sonho realizado!
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