Empreendedora e cabeleireira de Florianópolis (SC) encontra alternativa de renda no mercado erótico

Luca Moreira
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A história de Deyse Ferreira como empreendedora e cabeleireira profissional em Florianópolis (SC) ganhou rumos diferentes desde que ela decidiu investir no mercado de sex-shop como mais uma alternativa de renda. Há mais de 35 anos ela e a mãe, Neide Ferreira, possuem um salão de beleza em Florianópolis, o Kideki Salão de Beleza (@kideki_ ) e se dedicam a arte de cuidar da beleza das mulheres.

“Desde os 11 anos eu trabalho com a minha mãe. Essa história já faz parte do (bairro) Santa Monica há mais de três décadas”, conta.

Dona Neide, mãe de Deyse, é responsável por cuidar das madeixas do tenista Guga Kuerten. O salão é muito conhecido na cidade e, como resultado, Neide está presente na biografia do esportista como uma figura importante de sua vida pessoal. “Minha foto está em uma página, mas estou presente em todas as páginas dessa biografia, pois todos os cabelos fui eu quem fiz (risos)” conta Neide.

Negócio de família

Há três anos mãe e filha decidiram abrir uma loja para a venda de cosméticos profissionais, onde o objetivo era indicar sempre os melhores produtos para mulheres que buscavam soluções para os seus cabelos. No segundo piso da loja, montaram um pequeno sex-shop (em um espaço de 10 metros quadrados) como mais uma opção para suas clientes. Buscaram o auxílio de uma arquiteta, planejaram e executaram o processo que custou caro para as duas.

“O banco havia liberado um crédito para o início das obras, mas a assinatura do contrato seria no retorno de uma viagem que minha estava fazendo. Com tudo “certo”, adiantei as obras e em menos de um mês o espaço estava inaugurado. Quando minha mãe retornou, fomos ao banco para finalizar a contratação. Para nosso desespero, o gerente havia sido demitido e a proposta não estava mais disponível. E tudo já tinha sido feito! Começava, nesse momento, a nossa batalha” desabafa.

Foram períodos turbulentos na administração do salão de beleza e da nova empreitada. Sem capital de giro, e ainda pagando as dívidas, surgiu a oportunidade de migrarem para uma casa, onde teriam espaço para o salão, os cosméticos e o sex shop, que teria um espaço maior e independente. Além disso, teriam salas para sublocar para outros profissionais, espaço para eventos. Nessa época Deyse já organizava uma experiência sensorial para outras mulheres. Nos encontros ela apresentava produtos, reunia profissionais, massagistas, terapeutas, sexólogas, tirava dúvidas sobre o manuseio dos objetos e discutia o tema de maneira aberta.

“Continuamos a trabalhar, salão e loja funcionando, mas a loja não estava vendendo como esperávamos. Percebemos que as clientes estavam aproveitando a consultoria que dávamos e depois compravam pela internet. Mas percebi algo: as vendas do sex shop nunca caíam, sempre aumentavam, mesmo investindo muito pouco.”, conta Deyse

Como o investimento na abertura da loja já estava no fim, pensaram: “uma casa, ao invés de dois espaços com contas em dobro, pelo mesmo valor que estamos pagando. Por que não?” E assim fizeram. Foram para um espaço maravilhoso, sublocaram as salas, realizavam eventos quinzenais, feiras mensais apenas com expositoras, cursos de auto maquiagem, vivências, reuniões, e o sex-shop agora tinha seu espaço com móveis planejados. Tudo isso era um verdadeiro sonho realizado para as duas, até que a COVID-19 assombrou o Brasil.

O salão fechou as portas, surgiram os gastos com demissões e custos trabalhistas, zero receita, eventos proibidos, reuniões proibidas e mãe e filha pagando os investimentos no novo espaço. O sex-shop também encerrou suas atividades, já que a atividade era 100% presencial. A saúde financeira do negócio familiar foi ficando cada vez mais delicada e com a ausência de clientes o cenário só piorava.

“Pensamos em fechar o sex-shop, pois não estava vendendo. A maior parte das vendas eram feitas para as clientes do salão e elas não estavam indo ao salão. Precisava vender para outras pessoas, ou pela internet, mas eu não tinha recursos suficientes. Resolvi mandar uma mensagem para a Maisa Pacheco via Instagram, contando a minha situação e uma opinião sobre como investir um baixo valor da maneira correta. Para minha surpresa ela me retornou rapidinho” acrescenta.

Sex-shop

Inicialmente, o espaço que surgiu como uma opção de produtos dentro de uma loja de física, agora é uma loja 100% conectada. Com um investimento inicial baixo, Deyse optou por ser uma das muitas afiliadas de Maisa Pacheco pelo Brasil. Oferecendo toda a estrutura de venda e divulgação para as parceiras comerciais, o modelo de negócios de Pacheco possibilita que cada afiliado tenha sua margem de lucro atrelada a possibilidade de oferecer promoções para a captação de público.

Cada revendedor é contemplado com toda a operação digital e logística de Maisa Pacheco, o que diminui os custos com infraestrutura e permite maior controle de produtos, entrega em diferentes regiões do país e a democratização do acesso aos produtos eróticos.

“Meu contato com esse universo era mínimo. Percebi o que tudo aquilo me proporcionava e o que eu estava ofertando para outras pessoas era educação sexual, liberdade, autoconhecimento, empoderamento, autoestima, quebra de tabus, aceitação, expressão, respeito e amor. Percebi que a mesma essência que me mantém no salão de beleza é o que me move a continuar com o sex shop: o ideal de cuidar das pessoas e de contribuir de forma positiva para vida de cada uma delas. Vi, na parceria com a Maísa Pacheco, como sua revendedora, a oportunidade de expandir, crescer, aprender e me colocar definitivamente no mercado erótico!” finaliza Deyse.

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