Com apenas 10 anos, o mineiro Theo Radicchi já acumula uma trajetória de destaque na TV e na publicidade. O jovem ator, que iniciou sua carreira aos 5 anos em campanhas publicitárias, ganhou projeção ao interpretar Rui Nogueira na novela “A Caverna Encantada”, do SBT. Além da TV, Theo soma experiências em grandes campanhas para marcas como Pfizer, Bradesco, CEMIG e Localiza, consolidando-se como um dos rostos promissores da nova geração de artistas mirins.
Desde muito cedo, você já se aventurava no mundo das câmeras e das artes. Com apenas 5 anos, já fazia propagandas e, agora, interpreta o Rui em A Caverna Encantada. Como foi para você essa transição das publicidades para atuar em uma série de TV? O que mais te encantou nesse processo?
Foi uma grande adaptação. Novela é muito diferente de publicidade. A propaganda é um processo rápido – o máximo que já gravei seguido foram três dias no filme da Pfizer. Além disso, quase não temos texto para decorar (risos), o que é bem diferente de uma novela.
Na novela, fiquei maravilhado com todo o processo, desde a coletiva de imprensa antes da estreia até os estúdios de gravação, esse mundo imaginário onde tudo acontece. A carga de trabalho é imensamente maior, tudo é muito grandioso, e eu estou amando isso!
O Rui é um menino travesso e muito divertido, sempre ao lado do seu melhor amigo, Felipe. Você se identifica com ele de alguma forma? Quais características vocês têm em comum e quais são totalmente diferentes?
Me identifico muito com o Rui na comilança (risos), na lealdade com as amizades, no jeito atrapalhado de ser e na espontaneidade. Mas ele é bem diferente de mim em comportamento: não gosta de estudar, tira notas ruins, é muito bagunceiro e, às vezes, até um pouco mau… (risos).
Trabalhar na televisão é um sonho para muitas crianças, mas também exige muita dedicação. Como você concilia sua rotina de gravações com os estudos e os momentos de lazer? Tem algo que você nunca abre mão, mesmo com a correria?
É preciso disciplina e rotina. Chego em casa já com o tempo contado para o banho, o almoço e, às 13h30, vou para o SBT. À noite, faço as atividades da escola e estudo minhas cenas do dia seguinte. Como percebi que meu tempo é curto, presto bastante atenção nas aulas e, com isso, não preciso estudar para as provas. Essa técnica tem funcionado muito bem, pois no ano passado tirei excelentes notas e pretendo seguir da mesma forma este ano.
Nos finais de semana, tenho o sábado à noite e o domingo livres. É o tempo que aproveito para descansar, brincar, fazer as atividades da escola e estudar meus textos. Consigo fazer tudo, mas sempre com planejamento e horário para cada coisa. Por isso, a rotina é essencial. Sempre que estou tranquilo, jogo videogame – é como uma terapia para mim (risos).
Você já participou de várias campanhas publicitárias importantes, incluindo a da vacina infantil da Pfizer e campanhas educativas do governo. Como é saber que seu trabalho tem um impacto tão grande na vida das pessoas? Alguma dessas campanhas teve um significado especial para você?
Sou muito grato e honrado por saber que contribuo para levar uma mensagem importante às pessoas, principalmente na educação e na área da saúde. Tenho muito carinho por todas as campanhas que fiz. A da Vacina Pfizer, em particular, foi um divisor de águas para mim. Primeiro, porque me deu certa visibilidade, e segundo, porque aconteceu em um momento em que o mundo enfrentava a pandemia da Covid-19. Muitos pais e responsáveis estavam inseguros e com medo de vacinar seus filhos. Poder transmitir aquela mensagem de incentivo – “Proteja o seu filho” – não tem preço!

Atuar envolve muitas emoções, desde alegria até momentos mais desafiadores. Já teve alguma cena que foi mais difícil de gravar? Como você lida com os desafios de um set de filmagem?
O Rui faz parte do núcleo cômico da novela, mas tive cenas em que ele fica muito triste ao ser excluído pelo seu melhor amigo. Nessa mesma cena, também há momentos de alegria e empolgação, então foi um desafio expressar essas emoções distintas em um curto espaço de tempo.
Quando estou no set, já na boca de cena, procuro não conversar (o que é um desafio para mim), passo o texto mentalmente e me concentro bastante. E, sempre que acontece algum imprevisto em cena, não paro – improviso e sigo em frente. Só interrompo quando o diretor manda.
Quem te inspira no mundo da atuação? Tem algum ator ou atriz que você admira e sonha em trabalhar junto no futuro?
Adoro o Selton Mello e o Jack Black! Ambos conseguem transitar perfeitamente entre a comédia e o drama. Seria um sonho contracenar com um deles, ou com os dois! Aí eu zerava a vida! (risos).
Você ainda tem um longo caminho pela frente no mundo artístico. O que mais deseja realizar nos próximos anos? Tem algum papel dos sonhos que gostaria de interpretar um dia?
Quero muito fazer longas-metragens, mais novelas e séries, e tenho uma grande vontade de trabalhar com dublagem, algo que ainda não saiu do papel. Amo comédia, mas também quero explorar o drama, que seria um grande desafio para mim.
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