Pedro David fala sobre personagem que interpretará em “Fazendo Meu Filme”

Luca Moreira
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O ator Pedro David começou no teatro ainda criança, aos 8 anos de idade. O encantamento pelos palcos foi imediato e iniciou ali sua carreira. São mais de 20 peças no currículo, destaque no filme “Ela Disse, Ele Disse”, de Thalita Rebouças, curtas escritos e produzidos, a criação de uma produtora de audiovisual e, agora, o ator se prepara para a estreia de “Fazendo Meu Filme”, onde interpreta Rodrigo, um dos personagens principais da trama. Pedro David não esconde a felicidade e o orgulho por tantas conquistas.

A intensa preparação em tempos de pandemia levou a equipe a se interligar ainda mais, afinal a preocupação existe e o cuidado acaba sendo mútuo. Pedro David é só elogios para seus companheiros de jornada e toda a equipe que o ajudou na composição do personagem. Confira a entrevista!

Iniciando sua trajetória artística ainda criança, hoje você já possui mais de 20 apresentações teatrais em seu currículo. Na sua opinião, qual foi o trabalho que mais te marcou, e porquê? 

Tem dois trabalhos que me marcaram de maneira muito positiva, o curta-metragem “Onde Está a Felicidade?” e “Fazendo Meu Filme”. Participar de um filme da Paula Pimenta é um sonho, pois além dos livros serem um sucesso, os personagens foram muito bem desenvolvidos por cada um dos atores. Foi um processo único e muito bom. O curta-metragem “Onde Está a Felicidade?” me marcou, pois além de ter sido o meu primeiro roteiro, foi a primeira vez que dirigi um filme e interpretei um protagonista.

Até esse momento, pode ser até por uma questão da idade mesmo, você é muito ligado à produções jovens, tais como “Ela Disse, Eu Disse” baseado em Thalita Rebouças e “ Fazendo Meu Filme”, que também é baseado no fenômeno de Paula Pimenta e está prestes a ser lançado ainda. Qual é a verdadeira beleza de estar envolvido com projetos que mexam com o público jovem?

Eu gosto demais de estar inserido nesse universo jovem! Até mesmo na minha produtora, a “Artifex”, nós focamos em produções voltadas para o público adolescente. É bom saber também que livros estão virando filmes, pois muitos jovens estão lendo. Isso é inspirador para nossa literatura e cinema, é bom saber que ainda existem tantas pessoas que valorizam a cultura do nosso país.

Além de ser ator, você também é bastante atuante nos bastidores, tanto é que com a sua experiência em produção, acabou fundando sua própria empresa. Como é estar do outro lado da câmera? A responsabilidade se torna maior ao estar tendo que controlar não só você, mas também a atividade geral no set de filmagem?

Acredito que são responsabilidades diferentes, então talvez seja difícil comparar, mas eu acho o trabalho por trás das câmeras um pouco mais exaustivo e complicado. Dependendo da área, é preciso ter muita organização e planejamento. Um diretor de filme, por exemplo, precisa pensar em 1001 coisas e se atentar em mínimos detalhes.

Ao que tudo indica, o ano de 2022 que está por vir, será de grandes projetos nas telonas, já que “Fazendo Meu Filme” chegará finalmente aos cinemas. Como estão suas expectativas e como é a relação entre o elenco durante as gravações?

Estou muito ansioso para assistir o filme! Minhas expectativas estão muito altas, acho que vai ser muito emocionante. Cinema é um trabalho feito em grupo, então cada um é responsável pelo filme, desde as figurinistas até os atores. Vai ser lindo ver o resultado disso! Minha relação com o elenco durante as filmagens foi de muita amizade, todo mundo se conectou de uma forma muito positiva e o clima no SET era sempre descontraído. 

Para aqueles que ainda não acompanham tão ativamente o trabalho da autora Paula Pimenta na literatura, afinal o primeiro livro da série já foi lançado há mais de 12 anos, acredita que a produção poderá ser apreciada até mesmo por aqueles que estão chegando agora nessa franquia?

Com certeza! O filme vai trazer de volta os anos 2000, várias referências do cinema e personagens muito marcantes. Até mesmo aqueles que não são fãs do livro, vão se emocionar com a Fani e seus amigos.

Foto: Lucas Peçanha

Como está sendo viver o protagonista Rodrigo nesse adaptação, e como foi feita a sua seleção para o elenco?

Dar vida ao Rodrigo é um presente que a vida me deu! Eu gosto muito desse personagem, pois me identifico com ele em diversos aspectos. A seleção foi feita através de testes online, a maioria pelo zoom. Todos os testes que fiz foram para o personagem “Léo”, mas fui aprovado como “Rodrigo”. 

O que mais tem te conectado com o enredo da história? Existe muito do Pedro naquele personagem? 

Sim! O Rodrigo é um menino poético, tem uma sensibilidade única. Me identifico muito com isso! Ele é um garoto que não tem medo de sentir intensamente, além de ter uma visão sensata e consciente do mundo. Existe bastante “Pedro” no Rodrigo! 

Nesse período, desde o ano passado, a pandemia acabou transformando muito a forma de como as produções, tanto cinematográficas como do entretenimento em geral, se construíssem de uma forma bastante brusca. Quais foram os principais desafios que percebeu ao participar de um nova forma nessa produção?

Um dos primeiros desafios foi me acostumar a fazer teste de covid, pois quase todos os dias eu tinha que enfrentar o cotonete encostando o fundo do meu nariz. Além disso, tinha a questão de comer separado, não falar enquanto estiver sem máscara e uma série de orientações que todos nós tivemos que seguir. 

Uma curiosidade bastante impressionante que notei sobre você é a questão da multitarefa, onde enquanto muitos têm pesadelos, outros como você, conseguem ver isso como algo bastante positivo. Como é manter todas essas funções de ator, diretor, roteirista, produtor e criador de conteúdo digital interligadas e sob controle?

É uma loucura, mas eu amo viver essa loucura. Não gosto de ficar parado, uma das minhas maiores paixões é o cinema e a escrita. Gosto de estar sempre trabalhando em novos projetos, seja como ator, roteirista, produtor ou diretor. Acho que quando a gente realmente gosta de uma coisa, a gente nem sente que está trabalhando.

O final do ano passado foi um momento muito importante de tomada de decisões, pois, foi o início de seu primeiro projeto original que acabou sendo um filme voltado para o YouTube em que o enredo era a “depressão”. Como foi pensado esse formato e apesar de tanto discutida, acredita que ainda tenhamos muito desse tema para abordar no entretenimento?

Com certeza! Eu fiquei muito feliz com a minha escolha de fazer o meu primeiro filme com o tema “Depressão”, principalmente por conta da pandemia. Naquele momento muitas pessoas estavam passando por momentos complicados, pois ainda não tínhamos vacina e a situação estava desesperadora. Obviamente muitos ainda estão sofrendo com doenças psicólogas, mas antes da chegada dos imunizantes no Brasil nós tínhamos muito mais medo, insegurança e a quarentena afetou milhões de pessoas. 

Inspirado pelos dias atuais, as suas produções originais sempre nos puxam para uma reflexão de como tem sido passar pelas situações atuais de nossas vidas, e um deles foi a experiência dos alunos com os professores na pandemia. Poderia nos contar um pouco mais sobre como tem sido o planejamento desse conteúdo e como é migrar uma situação tão cotidiana para uma representação na ficção?

Muitas pessoas nem imaginam o que nós estudantes e os profissionais da educação estão passando nesse momento de pandemia. Todo mundo está cansado, exausto e mentalmente instável. Esse meu novo curta-metragem é uma comédia muito divertida e descontraída, mas apesar do tom cômico, é um projeto que irá emocionar e fazer o público refletir. Foi um dos melhores roteiros que já escrevi, mal posso esperar para dirigir esse projeto!

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