Pedro Costa troca experiências e histórias através do projeto Arequipa

Luca Moreira
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O músico Pedro Costa iniciou o projeto Arequipa aproveitando a reclusão da pandemia para compor e gravar. Depois do sucesso do single de “Para Sempre”, ele vem lançando o single “Então”. O som marcante, que embala momentos da vida com uma aura positiva e de esperança, é indicado para fãs de Nando Reis, Marcelo Jeneci e Vanguart.

O nome Arequipa é inspirado em uma cidade localizada ao sul do Peru, e agora une dois lados de Pedro Costa, o músico e o mochileiro. A alcunha do projeto materializa diferentes formas de expressão artística em música.

O primeiro registro oficial do Arequipa foi o single “Encontro”, lançado em dezembro e depois, o single duplo “Um Novo Caminho” e “Por Tudo o que Foi”. O mais recente lançamento do Arequipa é “Para Sempre”, single que foi um grande sucesso nas plataformas digitais e figurou com destaque na playlist oficial do Spotify, a Indie Brasil. Confira a entrevista:

Recentemente você lançou o single “Então”, que embala momentos da vida com uma aura positiva e de esperança. Essa positividade e esperança trazida em sua letra remete de algum modo com o momento vivido na atualidade?

O grande barato da música, e da arte em geral, é que vivemos dentro de ciclos. A nossa vida é bem a frase “eu vejo o futuro refletir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. E esses ciclos fazem a arte ficar sempre atual. A música ‘Então’, se enquadra nesse contexto. Mesmo tendo sido escrita há um tempo, a vida se repete, e a música ficou atual. E reflete mais um momento da vida em que queremos ver alguma coisa passar. E neste momento mais do que nunca estamos buscando isso.

O nome Arequipa é inspirado em uma cidade localizada ao sul do Peru, e agora une dois lados de Pedro Costa, o músico e o mochileiro. Como tem sido viver sem poder nem mesmo tocar de forma presencial para o público e também não podendo realizar viagens para sua própria proteção?

Tem sido um exercício diário. Porque não só estamos privados das coisas que gostamos de fazer, como estamos acompanhando um momento de grande caos e de mãos atadas. Se fosse só uma causa minha, uma provação minha, por conta de algo pessoal, mas a privação vem acompanhada de uma carga de sentimentos muito difícil de lidar, tendo em vista tudo que tem acontecido.

Além da canção lançada em 26 de março, existe algum projeto que podemos esperar para o restante do ano?

A Arequipa hoje tem um projeto de lançamentos para todo o ano de 2021. Como a Arequipa não existia até pouco tempo, não fez shows e saiu completamente do zero. Eu optei por gravar o disco de 11 músicas, e lançar em singles divididos ao longo do ano. Assim eu consigo ter sempre uma novidade e dialogar com as pessoas a cada lançamento. Assim eu posso contar com calma cada história, e cada contexto em que as letras estão envolvidas. E tem sido bacana isso. Tenho conseguido contar a história com calma e trazendo as pessoas para perto para fazer essa troca de experiências.

Foto: Divulgação

O que é e quais são as motivações do projeto Arequipa?

A motivação de fazer música começou como um escape. Uma forma de terapia para os problemas e coisas boas da vida, desde pequenas coisas até grandes mudanças. E depois quando eu comecei a mostrar essas músicas, me despertou algo ainda maior. De ver como compartilhamos dos mesmo sentimentos que as outras pessoas, e como podemos através da música passar uma mensagem boa, nos comunicar mesmo sem se conhecer. E isso foi me motivando. Ainda mais nesse cenário atual, que necessitamos desse pensamento no próximo, precisamos demais de empatia para superar o momento. E a música pode andar junto nessa caminhada, nessa distribuição de boas vibrações.

Com uma indústria musical bastante reconhecida, o Brasil possui uma grande gama de vários estilos e nomes de sucesso. Como é representar a cultura do nosso país através da sua arte?

É um negócio meio mágico o que acontece no Brasil. Temos uma diversidade musical tão louca que a cada mês surgem novos nomes para tentar enquadrar esses estilos. E fazer parte disso, poder dizer que você é um artista e que faz arte no meio de tanta gente bacana é bastante gratificante.

Em muitos projetos, é comum que o artista decida contar uma história ou refletir uma determinada situação em que convivemos no cotidiano, porém nem sempre percebemos. Você também persegue essa linha? O que deseja representar através do Projeto Arequipa?

Acho que na hora da composição, algumas coisas ficam um pouco mais escondidas. Até como uma forma de deixar a história mais lúdica, e menos como uma descrição concreta de um fato qualquer. E isso é legal também, pois mais pessoas se conectam com aquela história, com aquela letra e tal. Mas às vezes recebo umas mensagens de pessoas perguntando exatamente sobre o que é a letra, e não vejo problema em contar em detalhes. Acho que cada um tem uma maneira de absorver aquele conteúdo da música e todos são muito válidos.

Foto: Divulgação

Nós soubemos através da divulgação oficial do projeto, que ele pode ser muito apreciado pelos fãs dos cantores Nando Reis, Marcelo Jeneci e Vanguart. Eles serviram de inspiração para o nascimento do Arequipa?

Esses são de fato artistas que influenciam no som e nas composições que faço. Mas indo a fundo na pergunta, o nascimento da Arequipa foi mais uma vontade de me comunicar. O projeto está bem no início, mas a troca de experiências e de histórias com as pessoas que têm se conectado com a música é muito prazerosa. Isso tem sido tão bacana, e de fato era o que eu buscava.

Que mensagem você deseja passar aos nossos leitores que estão procurando buscar um alento na música durante essa pandemia?

Acho que a música ajuda demais no processo. A diversidade de possibilidades na música é absurda, e é possível atingir diferentes estados de espírito. Então é mergulhar nisso. Se você está para baixo, colocar um som legal levanta a poeira. Ou então coloca algo mais tranquilo, faça uma meditação. A música pode acompanhar a gente em diferentes momentos. Então é explorar ao máximo.

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