Vinte anos de carreira e muitos motivos para comemorar, incluindo novos personagens. Marcelo Pio celebra duas décadas de vida artística em 2022 e estará em diversas plataformas exibindo seus novos trabalhos. Na Record, após participar de “Gênesis”, ele ganha papel na superprodução “Reis”. E, no cinema, aguarda o lançamento de seu primeiro vilão com o filme “O que é meu é meu, o seu é nosso”.
Ator versátil, produtor, diretor com ampla experiência no Teatro, Cinema e TV, Marcelo – talento empresariado por Ieda Ribeiro – transitou muito bem pelos diversos caminhos da arte em seus 20 anos de carreira. Fez longas premiados com Domingos Oliveira, grande mentor, como “Primeiro dia de um ano qualquer” e com Juliana Reis em “Disparos”. Na novela “A Força do Querer”, da Globo, teve destaque vivendo um detetive da Polícia Federal. Em 2020 filmou a série “Dom”, no papel de um vilão, Delegado Barradas, e esteve em cartaz com o espetáculo digital “#desafiohitchcock” com direção de André Warwar.
Celebrando 20 anos de carreira este ano, qual foi a maior experiência que já teve como ator?
Olha, difícil essa resposta. Tudo é importante para um ator, desde as primeiras cenas, improvisos “verdes” na escola de teatro, até a cena mais exigente profissional. Quando você me pergunta de “maior experiência como ator” poderia te dizer que é a sintonia fina que “acontece”, sempre a escuta do outro, estar realmente presente e trocando com outro ator, “vivenciando” aquela circunstância. Acho que quando você tem tempo de “voo” e tranquilidade, pra isso tudo acontecer, aí sim você está pleno para o “voo” do ator. Poderia te dizer que sempre essa experiência que vale a pena, quando “acontece”.
Você participou da novela ‘Gênesis’ e atualmente foi escalado para ‘Reis’, nova superprodução da Record. Existe algum tipo de preparação diferente de um papel em novela bíblica para um outro tipo de papel?
Esta foi a segunda vez que tive uma preparação com preparadores, ótimos por sinal, Fernanda Guimarães e Antônio Gonzalez. A Record/Casablanca investiu muito na preparação de Reis. Trabalho delicado e pontual que conseguimos aprofundar o personagem e as relações, que fizeram toda a diferença no meu trabalho. Mas a base do ator de estudar, estudar e estudar sempre continua a mesma para um bom resultado. Quando se tem dedicação e paixão no trabalho acontecem milagres no resultado.
Ainda sobre ‘Reis’, o que você pode nos contar do seu personagem? E quais são suas expectativas quanto ao papel?
TAMEMBÉR é Filisteu, ferreiro e informante dos nobres Filisteus. Mas também tem uma relação forte com o povo Hebreu, não posso falar muito, pois muitas surpresas estão por vir. Ele tem um romance secreto na trama que vai surpreender muito. TAMEMBÉR tem características bem específicas, sutilezas tênues que o distingue dos homens de sua época e do povo Filisteu. Tenho as maiores expectativas dos Céus, estou muito feliz e grato, um dos melhores papéis que já pude fazer, mais um presente na minha carreira.
O personagem do filme ‘O meu é meu, o seu é nosso’ que estreia em breve é um traficante de pedras preciosas com um ar de mistério problemático. Qual foi a sensação de viver esse papel, sendo o personagem Carlos seu primeiro vilão?
Legal você perguntar sobre Carlos e este filme espetacular. Fui convidado por Guga Sabatiê autor do filme e o elenco maravilhoso, equipe divertida, foi uma grande aventura, pois filmamos num casarão incrível em Petrópolis. Eu dormia num quarto que todo mundo tinha medo de ficar lá, tudo foi compondo o Carlos, tudo vinha de forma natural, tem trabalhos que são assim vem de uma forma mais espontânea. Eu fazia uma espécie de cinema instantâneo, “ficava na personagem” o máximo de tempo no set, poder fazer isso com tempo no set é um sonho pra qualquer ator. E legal, que com isso tudo, tentei humanizar esse vilão, não deixá-lo num estereótipo, ele tinha silêncios preenchidos, um humor seco e impaciente. Meu Deus, que vontade ver o resultado. No elenco só tem fera, vocês vão ver!
Como falado anteriormente, um ponto bastante legal em seu currículo é justamente as obras bíblicas das quais você participou na RecordTV. Sendo que a trama representava épocas bastante importantes para a nossa história, como era a responsabilidade de viver os personagens? Os detalhes eram muito cobrados?
Sim o tempo todo. Na preparação como já falei e na cena propriamente no set. Juan Pablo, Vicente Guerra e Guga Sander estavam com uma equipe gigante de cinema nas mãos, e a exigência com os atores era altíssima. Pude chegar a registros, tons inéditos como intérprete, fazíamos várias vezes em algumas cenas até chegarmos a um nível de alta qualidade na cena. Eu também estudei muito o contexto da época bíblica.
Quais foi a cena e o personagem mais complicado que se lembra de ter feito?
Foi em Reis com TAMEMBÉR, mas não posso falar para não dar spoiler.(risos)
Durante essa pandemia da COVID-19, você esteve no espetáculo digital “#desafiohitchcock” do diretor André Warwar. Esses últimos anos tiveram que trazer muitas adaptações a tudo ao que estávamos acostumados, e o entretenimento com certeza não ficou de fora. Como foi passar por essas adaptações e além do espaço, quais foram as principais diferenças que sentiu ao passar por um espetáculo digital?
#desafiohitchcock foi um convite inusitado do “homem do cinema” e amigo Thiago Greco. Amei este processo que foi único, eu fazia o Dr. Arthur, ninguém nunca se viu pessoalmente e estreamos tudo remotamente. Mas era louco, fazíamos nossas câmeras com celular, e cada ator na sua casa, e o Warwar fazendo a edição ao vivo e online da sua casa. Nunca vi nada igual e pasmem dava certo. Fiquei bobo, como nos adaptamos a tudo. Este projeto foi uma revolução, pouco divulgado e acho que inédito no mundo todo. Bacana, Obrigado pelo carinho e até breve!
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*Com Andrezza Barros