A cantora, compositora e produtora musical Flavia K está prestes a lançar seu novo álbum, “Universo Suspenso”, no dia 20 de julho. Com um amadurecimento musical notável ao longo dos anos, este trabalho marca não apenas sua evolução artística, mas também sua incursão na direção e produção do próprio disco. O álbum é uma jornada sonora que abraça influências dos anos 70, R&B alternativo e Neo-Soul, enquanto mantém suas raízes e uma identidade futurista.
Com uma diversidade de colaborações, o álbum inclui participações especiais de renomados artistas como Filó Machado, Rashid, lll Camille e Robinho Tavares. “Universo Suspenso” não é apenas uma coleção de músicas, mas uma experiência de positividade e empoderamento. As letras refletem a jornada de crescimento da cantora, com temas que vão desde a perseverança para alcançar sonhos até a superação de dias difíceis com esperança nos dias melhores.
Flavia K, natural de Alpinópolis, traz em suas composições uma mistura de influências musicais que vão desde o RBD até ícones do soul e pop internacional. Além de ser conhecida por seu timbre de piano Rhodes, ela mergulha em arranjos vocais complexos, inspirados em artistas como Beyoncé e Take 6. O álbum promete cativar os ouvintes com sua sonoridade solar e mensagens de encorajamento, fazendo jus ao amadurecimento musical e pessoal que Flavia K tem conquistado ao longo dos anos.
O seu novo álbum, “Universo Suspenso”, traz uma mensagem de encorajamento e empoderamento. Como surgiu a ideia de abordar esse tema em suas músicas?
Essa ideia surgiu a partir da música “Dias Bons (Alright)”, que foi a primeira que fizemos já com essa intenção. Acredito que na pandemia eu senti a necessidade de cantar essas mensagens positivas por conta de tudo que o mundo estava passando, então essas músicas acabaram surgindo naturalmente e aí que eu fui perceber a ligação que todas tinham e como tudo isso fazia sentido dentro do conceito solar do disco.
Ao longo dos anos, você amadureceu como artista e assumiu a direção e produção do seu próprio disco. Como foi esse processo de independência criativa?
É muito bom poder trabalhar com diversos produtores incríveis, mas preciso dizer que amei o processo de poder produzir minhas próprias músicas, sair de minha zona de conforto e me forçar a fazer coisas que eu ainda não sabia. Eu já sentia a necessidade de poder dar o start em uma produção sem precisar acionar alguém para fazer isso para mim, foi mais o lance de tomar coragem e ir para cima. Sinto que isso tudo me fez desenvolver muito, tanto como artista e como produtora musical também, agora já quero produzir sons de outros artistas (risos).
O álbum apresenta participações especiais de artistas como Filó Machado, Rashid, lll Camille e Robinho Tavares. Como foi a experiência de colaborar com esses artistas em suas músicas?
Foi uma experiência única com cada uma das participações do disco. Eles são artistas que eu admiro fortemente então é uma alegria enorme tê-los nesse trabalho. E o mais interessante é que cada feat aconteceu de formas diferentes: com a Ill Camille, eu tinha a música sem a letra e passei o tema para ela criar a rima, a partir disso desenvolvemos o restante da letra da “Dias Bons (Alright)”; a Muito Sou(L) foi uma música que veio praticamente pronta das mãos do Rashid e do Duda Raupp, e eu acrescentei algumas coisas, além do meu verso que foi escrito junto com a Aya e o Julio Mossil; já a Novas Esquinas eu levei a ideia pronta para o Filó Machado, que amou e gravou lindamente; o Robinho já somou com a maioria das linhas de baixo do álbum, na música “Bem Mais” é a que ele mais acrescente criativamente; além dessas, também tem a participação da Flora Piquerobí em Lua Nova, música em que ela escreveu a letra e gravou o refrão e a poesia final com muita sensibilidade.
Você denomina o conceito do álbum como “Positive Soul”. Poderia nos contar um pouco mais sobre o que isso significa para você e como esse conceito se reflete em suas músicas?
Positive Soul é sobre manter a alma positiva, e saber que os dias bons sempre chegam. Eu quis colocar isso no disco tanto em forma de letra, como de sonoridade. Então eu procurei ao máximo, além das mensagens positivas, imprimir no álbum essa sonoridade solar e alegre. Meu objetivo é poder mudar o dia de alguém para melhor quando essa pessoa ouvir meu som.
“Universo Suspenso” foi construído com calma durante três anos. Como foi o processo de criação e composição das músicas? Alguma delas teve uma conexão especial com o álbum?
Foi um processo tranquilo, as músicas foram sendo feitas de forma natural e isso foi dando vida ao disco. Todas tiveram a sua conexão com o álbum conforme foram sendo produzidas, e aquilo já fazia sentido como um todo na minha mente.
O disco passeia por diferentes estilos musicais, como R&B alternativo e Neo-Soul, mas também mantém influências brasileiras e uma identidade futurista. Como você equilibrou essas influências ao criar o álbum?
Eu não equilibrei isso conscientemente, essas são minhas influências artísticas da vida, então acaba que elas aparecem naturalmente no disco. Sinto que na parte de composição aparecem mais minhas influências de música brasileira, tanto harmonicamente quanto melodicamente. E as influências de neo soul e r&b aparecem mais na parte da produção em si, timbres, arranjos, etc.
A faixa “Muito Sou(L)” conta com a participação do rapper Rashid e transmite uma mensagem de esperança e positividade. Como foi a experiência de trabalhar com ele nessa música?
Foi uma experiência maravilhosa, o Rashid é um artista incrível. Essa música seria uma música dele com o meu feat mas de alguma forma parece que ela estava esperando para entrar no meu disco. Foi um som em que eu tinha gravado o refrão em 2020 mas acabou não saindo. Na época eu já tinha gostado muito da música e me identificado, então quando estava juntando repertório para o álbum, pensei instantaneamente na Muito Sou(L) e o Rashid topou na hora. Fizemos algumas poucas alterações para caber dentro da minha identidade artística e do conceito sonoro do álbum.
Em “Float Away”, você apresenta uma faixa autoral em inglês. Qual foi a inspiração por trás dessa música e como foi explorar a sua versatilidade com a língua inglesa na composição?
Essa música foi escrita pelo meu parceiro Luke Kiernan, que é australiano. Como eu canto soul, jazz e r&b desde sempre, para mim é muito natural cantar em inglês, apesar de não ser fluente na lingua eu sempre sei tudo o que estou cantando (rs). Quando compus a melodia de Float Away achei que ficaria mais bonito foneticamente se a letra fosse em inglês, então convidei Luke, que escreveu essa letra perspicaz, que eu amei.
O álbum também inclui a música “Nítida”, um interlúdio que enaltece as mulheres. Poderia compartilhar conosco o significado e a mensagem por trás dessa faixa?
A faixa “Nítida” é um interlúdio que saiu do EP ao vivo com o mesmo nome que eu gravei em 2021. Nesse projeto eu falei muito sobre discos que me influenciaram musicalmente, mas foi um projeto principalmente para homenagear mulheres da música brasileira, mulheres musicistas e band-leaders que admiro e me inspiro. Queria deixar algo do projeto Nítida marcado no Universo Suspenso, porque esse foi um projeto que me marcou muito e me encorajou a começar a produzir minhas próprias músicas.
O show de lançamento do álbum acontecerá no Blue Note São Paulo, no dia 31 de agosto. O que os fãs podem esperar dessa apresentação e como você se sente em compartilhar seu novo universo musical ao vivo?
Estou preparando um show cheio de surpresas e arranjos malucos (rs), é um show feito para emocionar e transportar as pessoas ao meu Universo Suspenso, é uma outra parte do álbum que só ao vivo as pessoas vão poder sentir, e eu também poderei ter essa experiência junto com o público. Só posso dizer que será uma noite para lá de especial!
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