A atriz Fernanda Junqueira revela detalhes emocionantes sobre sua jornada para interpretar a complexa Hannah em “A Rainha da Pérsia”, em uma entrevista que destaca seu processo de preparação e as transformações pessoais enfrentadas durante a gravação. Junqueira, que divide o papel com Júlia Abdalla, compartilha os desafios de trazer à vida uma personagem em uma fase crucial de transição, explorando como a imersão na história e a adaptação de seu sotaque contribuíram para sua atuação.
O livro de preparação envolveu um intenso trabalho interno e colaboração com a preparadora de elenco Rosana Garcia, enquanto a experiência de filmar no Marrocos proporcionou um enriquecimento cultural significativo. Em comparação com seu trabalho anterior em “Gênesis”, Junqueira observa um crescimento notável em sua abordagem e técnica, refletindo sua evolução como atriz.
Com o olhar voltado para o futuro, a atriz também se prepara para o papel de Neemias na continuação da trama, prometendo uma Hannah mais madura e intensamente envolvida em suas novas batalhas. A paixão por teatro e a intersecção com a televisão são aspectos que Junqueira destaca como fundamentais em sua carreira, prometendo ao público uma rica experiência emocional e uma mensagem de fé e união através de suas performances.
Como foi o processo de preparação para o papel de Hannah em “A Rainha da Pérsia”? Houve algum desafio específico que você enfrentou durante essa preparação?
O processo para viver a Hannah foi tanto prazeroso quanto desafiador. Fui preparada por Rosana Garcia, a preparadora de elenco da emissora, e sou muito grata a ela por me ajudar a encontrar o caminho para a personagem. Em casa, estudei bastante, fiz muitas chamadas de FaceTime com professores que admiro e realizei um trabalho interno intenso para compreender a Hannah.
Eu dividi o papel com a talentosa Júlia Abdalla, que interpretou a Hannah na infância e me entregou a personagem de forma linda para que eu pudesse continuar contando sua história.
A Hannah aparece em uma fase de transição na novela, o que foi um desafio. Para dar continuidade à história dela e concluir o arco da personagem, precisei lidar com o passado vivido por outra atriz mais jovem. Por isso, sempre que podia, eu ia ao set assistir às cenas da Júlia (Hannah criança) para captar mais da essência dela. Além disso, estudei bastante o passado da personagem em casa para entender todas as camadas e histórias que moldaram a mulher que ela se tornou na minha fase. Assim, quando chegou a minha vez, tudo fluiu de forma coesa.
Você mencionou se identificar muito com a personagem Hannah. Pode compartilhar mais sobre quais aspectos da personagem ressoam mais com você pessoalmente?
Hannah representa o lado mais bonito da Fernanda. Ela é extremamente empática, uma das características mais marcantes dela. O amor imenso pela família, a disposição para fazer tudo para proteger aqueles que ama e sua fé foram aspectos dos quais mais aprendi. Essas características já ressoavam em mim e agora ressoam ainda mais.
De que maneira o estudo do contexto histórico da época influenciou sua interpretação de Hannah? Houve algum detalhe histórico que você achou particularmente interessante ou desafiador?
No início, foi necessário neutralizar o sotaque. Sou carioca, e em um produto de época, um sotaque muito acentuado do Rio de Janeiro poderia causar estranheza. Fazer uma série de época é sempre um desafio; há certas regras sobre como as pessoas se comportavam na época, e esse tipo de estudo é essencial para o trabalho do ator. Os figurinos e cenários contribuem significativamente para essa imersão.
O que você achou das gravações realizadas no Marrocos? Como a experiência de filmar em um local tão rico culturalmente impactou seu trabalho como atriz?
Acho que essa foi a minha parte favorita. O aspecto mais rico que percebi foi a integração e relação com o elenco e a equipe. A viagem nos uniu de uma forma linda para que tudo desse certo. Além disso, os encontros informais ajudam o elenco a se conhecer e a criar a intimidade necessária, dependendo da relação entre os personagens. Filmando em Marrocos, é um sonho realizado. No set, além da equipe brasileira, tivemos também profissionais marroquinos trabalhando conosco. Foi uma grande oportunidade de conhecer culturas e trocar experiências com eles. Sem contar a beleza do lugar, que certamente ajudava minha personagem a se conectar e a se sentir imersa no momento presente.
Como você compara seu trabalho em “A Rainha da Pérsia” com seu papel anterior em “Gênesis”? Quais foram as principais diferenças e semelhanças entre os dois projetos?
Acho que, quanto mais estudo e experiência você adquire, mais percebe sua evolução. Comecei a gravar “Gênesis” aos 15 anos, ainda muito jovem. Naquela época, eu já era bastante concentrada, mas o estudo que faço hoje é diferente. Me cobro muito mais, e vejo que esse esforço reflete no resultado do meu trabalho em “A Rainha da Pérsia”. Tenho muito orgulho de “Gênesis” e de toda a minha caminhada, mas acredito que o objetivo é sempre se aprimorar e não parar de estudar. Sou apaixonada pelo meu trabalho em “A Rainha da Pérsia”, que agora continua com as gravações de “Neemias”.
Pode nos dar uma ideia de como será a sua interpretação de Neemias na continuação da trama de “A Rainha da Pérsia”? Como você está se preparando para esse novo desafio?
Nessa fase de “Neemias”, veremos uma Hannah mais madura, que enfrenta seus problemas com muita garra e força para proteger os que ama. O que eu posso dizer é que tudo está sendo preparado com muito amor. Assim como em “A Rainha da Pérsia”, o elenco de “Neemias” é um dos mais unidos com os quais já trabalhei. É impressionante ver toda a equipe e o elenco tão empenhados em fazer acontecer e entregar um resultado maravilhoso que toque o público. Com certeza, virão muitas emoções nessa nova fase, com cenas intensas.
Além da sua atuação em novelas, você tem um histórico significativo em peças de teatro. Como você vê a relação entre seu trabalho no teatro e na televisão? Existe alguma diferença na abordagem que você adota para cada meio?
O teatro é a base de tudo. Foi onde comecei e espero nunca abandonar. O teatro me deu toda a base para o trabalho que faço hoje na dramaturgia, e acho que é fundamental para qualquer ator. Sou apaixonada por teatro musical, e a música também me acompanhou muito durante as gravações da série. Eu tinha uma playlist que criei para a minha personagem e, em qualquer brecha, escutava e me conectava com ela. O que mais amo no teatro é o fato de ser ao vivo; você interage e responde ao público naquele momento, e isso, para mim, é sua maior magia. Na televisão, temos muitas partes técnicas que, como estudante de cinema, me encantam muito. A grandiosidade de uma equipe e de um cenário de novela sempre me assustam. Posso dizer que hoje não consigo mais viver sem os dois.
O que você espera que o público sinta ao assistir “A Rainha da Pérsia”? Há alguma mensagem ou tema específico que você gostaria que eles levassem para casa?
Acho que o que o público mais levou para casa foi um aprendizado sobre fé. Cada um daqueles personagens tem um enredo relacionado a isso e é possível se nutrir da fé que cada um deles representa. Em Neemias, que estou gravando agora, a mensagem principal que tenho certeza de que vai ressoar com o público é a união. Vai ser possível sentir, através das telas, essa união de um time que, unidos e com fé, podem alcançar o que quiserem.
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