Depois de não ter um centavo no bolso, Amanda Ferreira descobriu sucesso como influenciadora em São Paulo

Luca Moreira
15 Min Read
Foto: Reprodução/Instagram

Por trás de todo sucesso, sempre há uma boa história para ser contada. Isso é fato verídico! Há dois anos explorando e estudando as melhores formas de expandir seu nome no YouTube e conseguir ganhar a vida com o que mais gosta de fazer: criar conteúdo. Amanda Ferreira está entre as revelações de maior sucesso entre os criadores de conteúdo do Brasil, que hoje em dia possui uma imensa potência na internet.

Com mais de 1.800.000 seguidores somando todas suas redes sociais, a influenciadora faz a diferença ao levar sua profissão á sério desde seus primeiros passos na rede. Com uma apresentação super técnica e com uma história de sobrevivência que impressiona, ela hoje é cercada de pessoas que admiram sua personalidade e jeito único e verdadeiro. Confira a entrevista!

Atualmente, você é considerada uma influenciadora de grande porte no seguimento de lifestyle, tanto pelo seu canal no YouTube como através do Instagram. Em sua opinião, quais são as principais características que devem ser analisadas para nos tornarmos uma pessoa pública, e quais são os principais erros cometidos por essas pessoas?

Para se tornar uma figura publica automaticamente às pessoas tem que se identificar com o nosso estilo de vida e nossas opiniões. Uma característica que não pode faltar é ter uma personalidade única, ter opiniões formadas, saber se impor sobre os assuntos que estão acontecendo no mundo.

Eu no caso sou uma pessoa que exponho o que eu realmente penso sobre as coisas. E meu foco principal é inspirar outras pessoas que também possam ter saído de uma realidade humilde, assim como eu sai, de que nossos sonhos são possíveis e que não devemos nunca desistir.

O erro de muito influenciador é tentar ser uma pessoa que ele não é para tentar agradar a todos que o acompanham. Até porque ninguém consegue sustentar um personagem por muito tempo. Como sempre vimos isso em muitos realitys.  Até porque muitas pessoas que cobram posicionamento dos artistas são também as mesmas que nos cancelam quando damos opiniões diferentes das que elas esperam.

Foto: Reprodução/Instagram

Em uma rápida checada nos vídeos postados durante os últimos meses em seu canal, percebi que muitos de seus conteúdos são situações que muitas vezes ocorrem no dia-a-dia das pessoas e que acabam por fazer sucesso ao serem compartilhados de uma forma mais engajada nas plataformas. Com tantas críticas a respeito dos clickbaits, como é o processo para se tentar produzir um conteúdo que seja aceitável e que ao mesmo tempo possa se tornar natural?

Os conteúdos do meu canal, atualmente são mais focados em trolagens tanto com a minha mãe, como com amigos. A maioria das ideias de vídeos meus seguidores que compartilham comigo ou acabo pegando ideias com meu amigo Edson que também grava comigo pro meu canal! Não sofro muitas críticas em relação à clickbaits, pois não faço utilização de títulos muito apelativos ou que não seja relacionado ao vídeo de fato. Criar conteúdos atualmente pro YouTube tem sido muito difícil pois nem todos os vídeos que gravamos a plataforma aprova como adequado e por isso acabamos não postando alguns considerados os melhores! E os conteúdos que mais são assistidos são com títulos que infelizmente o YouTube nos proibi de postar então é ai que entra o jogo de cintura. A mente trabalha a todo o momento pensando em palavras chaves que se encaixem no vídeo e que façam as pessoas prenderem a atenção sem que precisemos de títulos apelativos!

Foto: Reprodução/Instagram

No final de abril desse ano, teve um vídeo que chamou bastante atenção, até mesmo pela reação de seus espectadores nos comentários, aonde chegou a trocar sua mãe fingindo passar mal ao me dirigir. Como funciona a sua produção para esses vídeos que envolvem cenários ou ações em que naturalmente exigiriam um grau de segurança maior?

Vídeos de trolagem com a minha mãe sempre são um dos conteúdos que eles mais amam no meu canal! Tudo começou com um vídeo acordando ela as 03 da manha com funk que peguei uma referencia do canal de um amigo meu o Edson Henrique! A partir dai muitas pessoas passaram a gostar dela pelo jeito que ela é, nervosa, assustada, desesperada! Quando fiz o vídeo passando mal no carro enquanto dirigia, tive o maior cuidado para que não arriscasse a nossa segurança nem a de outras pessoas, não é atoa que quando fingi o desmaio eu já estava com o carro estacionado! No começo tinha um pouco de medo fazer alguns vídeos com minha mãe, dela passar mal sabe, mas todos os vídeos que eu faço eu sempre penso bem para que o susto dela não seja tão grande.

Ela é um ícone, uma inspiração pra mim. Amo gravar com ela apesar de que ela odeia gravar, então por isso a maioria dos vídeos são trolagem porque assim eu gravo sem ela saber e quando ela vê já está gravado.

Foto: Reprodução/Instagram

Após muito tempo de exploração por parte de seus usuários, o YouTube criado em meados de 2008 no Brasil, acabou se tornando palco para o nascimento de uma verdadeira geração de empreendedores que encontraram uma forma mais aberta e livre de se entreter as pessoas. Você cogitaria dizer que ser um creator nos dias de hoje se tornou uma ciência em expansão? Se sim, quais são seus principais atributos de estudo?

Acredito que ele é uma plataforma que está sempre nos ensinando coisas novas. Eu estou há dois anos no YouTube e ainda não sei completamente tudo que eu preciso saber, então eu acho que a cada mês, a cada dia que passa, sempre alguma coisa nova aparece que a gente acaba aprendendo. Nem o Whindersson Nunes, que atualmente se tornou um dos maiores youtubers da história, fez até cursos para a galera que tá começando com o canal,  para poder ensinar dicas e métodos que ele foi aprendendo no decorrer do tempo. Eu acredito sim que o YouTube, ele é uma ciência, ele é um estudo, porque para você se tornar um youtuber, você tem que aprender aos poucos coisas que vão te levar a chegar no caminho certo. Você vai aprendendo sobre títulos que podem e o que não pode fotos de capa (Thumbnail) que podem e que não podem, técnicas de fazer com que o vídeo seja mais entregue, técnicas de fazer com que os vídeos chamem mais atenção. Então, ele sempre vai ser um estudo. A gente sempre vai aprender com o decorrer do tempo.

No meu ponto de vista, o YouTube acabou se tornando uma ciência, é um estudo, porque a gente precisa explorar ele para conseguir gerar conteúdo. Não é só a gente fazer um vídeo e subir na plataforma. A gente tem que estudar para conseguir entregar um conteúdo bom e que a gente consiga fazer esse conteúdo ser entregue para muitas pessoas. Então, acredito que toda a rede social, ela exige um pouquinho de conhecimento. Eu mesma, todos os dias aprendo um pouco mais.

Foto: Reprodução/Instagram

Como aconteceram os seus primeiros contatos com a internet e a partir de que ponto você conseguiu enxergar uma possibilidade fazer negócio dentro dela? Você chegou a quebrar expectativas de terceiros ao dar esse passo em sua vida?

Eu criei meu canal no dia 25 de agosto de 2018, fiz o meu primeiro vídeo de apresentação, mas comecei a produzir conteúdos de fato em outubro do mesmo ano. Em outubro e novembro do mesmo ano fiz alguns conteúdos que chegaram a estourar fazendo com que, no dia 7 de dezembro de 2018 eu batesse a minha marca de 100.000 inscritos. Até o atual momento eu trabalhava em uma loja de material de construção como vendedora e telefonista, eu trabalhava nessa loja ate as 17 da tarde e das 17:30 as 20 da noite eu ajudava minha irmã na mercearia que ela tinha antes de se separar, a noite gravava os meus vídeos. Em março de 2019 eu decidi sair do meu emprego e arriscar focar no meu sonho, eu não sabia se daria certo, não sabia se estava tomando a decisão correta. Mas estava disposta a enfrentar todos os desafios para conseguir chegar aonde eu queria. Meus pais me apoiavam muito, isso me deu muito mais coragem. Eu acabei saindo do meu trabalho como se tivesse sido mandado embora então estive três meses de seguro-desemprego. Esses três meses era o que eu tinha pra saber se daria ou não pra continuar somente com YouTube.

Em maio vim pra São Paulo pela primeira vez, não tinha condições nenhuma, não conhecia nada aqui. Mas foi o mês onde conheci a MC Mirella em um evento e fui convidada para o aniversário dela que aconteceria em junho. Começo de junho retornei para São Paulo quando conheci meu melhor amigo Gabriel Alencar, que me convidou para passar uns dias na casa dele e que atualmente me abrigaram e me fizeram parte da sua família hoje ainda moro com ele e sua família.

Após isso deixei de vez a minha cidade vim tentar a vida aqui em São Paulo com ajuda do Gabriel tendo um lugar para ficar sem me preocupar se teria ou não dinheiro para me manter aqui. Eles cuidaram de mim e fizeram parte de tudo que eu vivo hoje. Eu fico em São Paulo geralmente um mês ou dois e vou pra minha cidade e fico uns 15 dias com a minha família e depois retorno para cá. Se eles não tivessem cedido espaço na casa deles pra mim talvez nada disso teria sido possível e, pois morar com o Gabriel me abriu muitas portas, eu poupava custos de ter que ir e voltar todo final de semana para poder conhecer pessoas e gravar com pessoas morando com ele eu tive oportunidade de vir para São Paulo e me estabilizar e assim gerar conteúdos e chegar aonde eu cheguei. Eles são minha segunda família.

Foto: Reprodução/Instagram

Nesse último ano, desde o começo da pandemia da COVID-19, foram apresentadas diversas pesquisas na mídia, onde foi apontado um alto índice de crescimento no consumo de entretenimento por streamings e rede sociais. Como criadora de conteúdo, você pode perceber certas mudanças no último ano em relação ao desenvolvimento de seus projetos no meio virtual?

Por conta da pandemia no Brasil nos que trabalhamos com internet estamos na correria para gerar conteúdos de forma segura para que as pessoas possam sorrir e se distrair enquanto estão em casa. No começo da pandemia, por exemplo, de março a junho do ano de 2020 eu minha mãe geramos muitos conteúdos juntos enquanto estávamos de quarentena na mesma casa. Eu pouco vou para minha cidade por conta do perigo que é você sair de uma cidade pra outra, mas sempre quando vou ver meus pais tomo todas as medidas de segurança faço todos os exames fico em extremo isolamento 15 dias antes de ir para lá para não expor eles e ninguém da minha cidade há nenhum risco vindo de mim.

A cada dia que passa independente da pandemia eu tento procurar uma melhora em mim mesmo sem deixar de ser quem eu sou, pesquiso muitos conteúdos, estudo o meu público, tenho meu grupo de fãs onde sempre tento conversar com eles no Telegram para entender o que eles gostam de ver nas minhas redes sociais. A pandemia tem me feito estudar muito mais também para melhorar os meus conteúdos em outras redes sociais. Estou buscando uma melhoria muito grande para abranger um público bem maior, por isso além dos vídeos no YouTube, tenho algumas musicas já lançadas porem estou com um projeto musical incrível vindo por ai.

Acompanhe Amanda Ferreira no Instagram

TAGGED:
Share this Article
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar conteúdo desta página