Ligia Vargas, amplia seu sucesso como apresentadora ao estrear o programa “Resenha Carioca” no canal Travel Plus da Samsung TV. Depois de iniciar sua carreira no teatro aos 9 anos e transitar por diversas áreas, a artista conquistou notoriedade nas redes sociais com o videocast que já entrevistou personalidades como Evandro Mesquita e Mariana Gross. Agora, ao lado de Rafael Oliveira, Ligia continua sua trajetória entrevistando ícones cariocas e reforça sua paixão pela apresentação, um talento que foi reconhecido por nomes como Juliana Paes e profissionais da TV Globo.
Ao longo da sua carreira, você transitou por várias áreas, desde o teatro até o videocast. Quando você percebeu que ser apresentadora era sua verdadeira paixão?
Dizem que com a proximidade dos 40 anos repensamos a vida, uma das minhas “descobertas” nesse período foi que a apresentação era o que eu fazia sem esforço, de forma fluída, com prazer e muito amor! Principalmente, era a área que eu tinha mais experiência no audiovisual e que mais recebia convites de trabalho e elogios.
Como foi receber elogios de figuras tão importantes como Juliana Paes e convites de nomes da TV Globo? Isso te deu uma confirmação do caminho certo?
Exatamente isso, me fez perceber que esse era o caminho certo. A Juliana é admirável, um ser humano com uma luz tão intensa que vai iluminando tudo por onde ela passa, além disso é uma profissional maravilhosa, referência na nossa teledramaturgia, uma atriz de sucesso que conhece o mercado, então quando ouvi seus incentivos para investir na carreira de apresentadora, de fato foi muito importante para minha autoestima e uma mola propulsora para que eu me dedicasse a conquistar meu espaço como tal.
O “Resenha Carioca” começou como um videocast e agora está no Travel Plus. Como foi essa transição para o streaming e o que isso significa para o programa?
Foi um convite que nos deixou muito felizes, representa um crescimento para o projeto, maior visibilidade para o nosso trabalho. O conteúdo segue as mesmas bases, um papo informal e descontraído sobre o estilo de vida carioca numa mesa de bar, a diferença é que na tv o programa tem uma versão reduzida. Então quem quiser saber mais sobre os convidados, quem gostar da nossa “mesa de bar”, pode correr para o canal da Resenha no YouTube e ver a versão dos episódios na íntegra.
Você enfrentou a depressão após o nascimento do seu filho e decidiu voltar à carreira artística. Como essa experiência impactou sua vida pessoal e profissional?
Eu não tive uma depressão diagnosticada, mas uma tristeza profunda por não estar trabalhando com o audiovisual e por não ver como retomar a minha carreira estando numa cidade do interior. Fiquei um tempo tentando oprimir essa tristeza e guarda-lá só para mim, achava que eu não tinha o direito de me sentir daquela forma, a minha sensação era que eu tinha caído naquelas armadilhas para urso e estava presa, sem poder me movimentar. Chorava escondida no banho, depois no banho e no travesseiro, depois não conseguia mais esconder minha tristeza. Foi quando meu marido não mediu esforços para que eu pudesse voltar para o Rio e retomasse minha carreira. Entendi com isso que o que temos na alma não pode ser oprimido! Se for, adoecemos… me sinto fortalecida e estimulada a seguir em frente, a subir cada degrau dessa escada até chegar aonde quero e agora não só por mim, mas também pela minha família.
No início da sua trajetória como apresentadora, você teve que improvisar em programas de esportes ao vivo, um tema que não dominava. Como o teatro te ajudou nesse desafio?
Toda a minha experiência como atriz foi fundamental no início desse trabalho, eu atuava! Interpretava uma apresentadora! As técnicas de improvisação me ajudavam a lidar com a imprevisibilidade do programa ao vivo, a prática da escuta teatral me ensinou a de fato ouvir o outro apresentador, os comentaristas e assim me posicionar, falar com propriedade no momento certo, sem atrapalhar a fala de ninguém. Enfim, o teatro é minha base técnica para muitas coisas que usei ao longo da minha trajetória como apresentadora.
Você já entrevistou grandes nomes como Evandro Mesquita e Emanuelle Araújo. Quem mais está na sua lista de sonhos para entrevistar e por que essas pessoas?
Na Resenha Carioca queremos muito o Zeca Pagodinho, Anitta e o Zico, ícones do Rio, referências em suas áreas, personalidades cariocas indiscutíveis. Na minha vida de maneira geral, gostaria de entrevistar pessoas que admiro, me inspiro e algumas que me geram curiosidades pelo que são, pelas suas trajetórias. É claro que o Zeca, a Anitta e o Zico sempre estarão na minha lista particular também, até já gravei um especial com o Zico há uns 10 anos atrás e ele foi extremamente generoso. Mas nesse momento citaria nomes como: Viola Davis, Fernanda Montenegro, Luciano Huck, Cristiano Ronaldo… perfis variados que me atraem de formas diferentes.
Quais são os próximos passos para o “Resenha Carioca”? Existe alguma novidade ou objetivo que você gostaria de alcançar com o programa?
Projetamos a Resenha como um canal, o videocast é o programa principal desse canal, mas nosso objetivo é de fato crescer e realizar os vários quadros que gostaríamos de desenvolver para o canal. Inclusive trazendo outras pessoas para trabalhar nesses outros produtos e principalmente, trabalhamos para termos visibilidade suficiente para mostrarmos o trabalho de cariocas anônimos, de fora da zona sul, que também escrevem a história da cidade e constroem culturalmente o que chamamos de estilo de vida carioca.
Você mencionou a vontade de apresentar um programa de variedades ou até um reality show. O que atrai você nesse formato e como você se imagina nesse cenário?
Eu sou profissionalmente curiosa e gosto de desafios e aprendizados isso me atrai no reality, o desafio de estar à frente de um programa que vai mudando ao longo das semanas com as saídas dos participantes, um programa que o público está emocionalmente envolvido, que tem torcidas e onde o apresentador é o elo de tudo isso e tem que lidar com emoções potencializadas. Programas de variedades geralmente são leves, promovem alegrias, bem-estar ao público que os assiste e eu curto coisas assim, sou daquelas que não assiste nada tenso porque fico tensa, então gostaria de estar à frente ou envolvida num programa desses pelo prazer que eles me proporcionam.
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