Bella Chiang, atriz e dubladora paulista de 17 anos, marca sua estreia na dublagem no filme “A Menina e o Dragão”, que chega aos cinemas no próximo dia 19. Conhecida por sua atuação como Song Park em “Poliana Moça” do SBT, Bella empresta sua voz à protagonista Ping na nova animação. A jovem talentosa, que iniciou sua carreira como modelo e passou pelo teatro e TV, está também se dedicando aos estudos para uma possível graduação no exterior, enquanto continua a se destacar em diversos projetos artísticos.
Como foi a experiência de dublar a protagonista no filme “A Menina e o Dragão”? O que mais te encantou nesse processo?
Foi uma experiência sensacional! O que mais me encanta no mundo da dublagem é o fato de estar dentro de um estúdio dialogando comigo mesma nas cenas, na maioria das vezes. Diferente da cinematografia, os dubladores têm escalas diferentes e quase nunca se encontram! Quando assistimos ao filme, tudo fica tão homogêneo que é lindo de se ver. Acho incrível como uma única voz pode ser o instrumento para tantos personagens!
Você mencionou que ficou super feliz com o convite da Imagem Filmes. Como foi sua reação ao receber o e-mail e perceber que dublaria um filme tão especial?
Eu me lembro que estava na cozinha fazendo pipoca na panela quando minha mãe veio do escritório gritando com o celular na mão. Na minha cabeça, algo ruim havia acontecido. Mas aí ela me entregou o celular para eu ler o e-mail, e foi então que comecei a gritar de felicidade, foi um choque! Nunca imaginei que um convite desses chegaria, e foi muito gratificante. Com certeza está no meu top 3 de melhores reações!
Com uma carreira tão diversificada, indo de editoriais de moda à atuação em novelas e dublagem, qual dessas áreas te dá mais satisfação e por quê?
O mundo da atuação tem o meu coração. Tanto pela sensação de estar na frente das câmeras quanto pelo impacto que posso causar nos bastidores. Amo todas as minhas versões desses “mundos” diferentes, até porque, de certa forma, eles se intersectam. Mas a minha verdadeira paixão é atuar, e ter a liberdade de ser outra pessoa com uma nova história por algumas horas é maravilhoso.
Como foi sua preparação para interpretar a vilã Song Park em “Poliana Moça”? Houve desafios específicos em relação ao papel?
Sim, definitivamente houve desafios. Minha personagem era uma antagonista, mas não uma vilã caricata. Ela era mais real, alguém que poderíamos encontrar no nosso cotidiano, uma pessoa sorrateira. Minha maior dificuldade com a Song foi incorporar não só sua personalidade forte e competitiva, com um caráter bipolar, mas também expressar essas características através do corpo. Além disso, queria torná-la o mais real possível, sem ser caricata. Tive uma preparação com uma pessoa que me acompanha há tempos, e juntos moldamos a Song. Criamos o que chamamos de “impulsos”, um exercício de foco para entrar na personagem da maneira que a cena exigia.
No cinema, você dublou personagens em “O Rei Macaco” e “Divertidamente 2”. Como essas experiências de dublagem contribuíram para seu crescimento como artista?
Com certeza, tenho crescido muito e aprendido a cada novo trabalho. Cada personagem me traz uma nova visão e personalidade, e com cada projeto, consigo me especializar em algumas técnicas que posso aplicar em futuros trabalhos. Isso inclui desde lembretes até dicas valiosas que recebo dos diretores com quem trabalho.
Você faz aulas de canto, sapateado, muay thai e até tênis. Como concilia essas atividades com sua carreira artística e seus estudos?
Sempre tenho uma lista de prioridades. Em alguns dias, o trabalho e a carreira estarão em primeiro lugar, mas a maior parte do tempo estou focada nos estudos. Quando comecei a trabalhar, tive uma conversa com meus pais onde eles me disseram que minha maior obrigação eram os estudos. Desde então, tenho esse princípio no coração, porque a educação é muito importante em todos os aspectos. As aulas de canto, dança e esporte funcionam mais como aprimoramento de técnicas, caso surja algum projeto que exija essas habilidades, mas também como uma forma de relaxar e me divertir. Sempre me organizo para entregar todas as atividades da escola primeiro, para depois ter liberdade de escolher o que fazer.
Você tem planos de estudar no exterior e está se preparando para o processo de application. O que te motiva a buscar essa experiência internacional?
Sempre fui apaixonada pelo cinema, e como pretendo seguir carreira como atriz e diretora, quero estudar no exterior em busca de novas oportunidades e aprendizados. Um dos meus maiores sonhos é me ver nas grandes telas em um filme internacional! Apoio o cinema nacional, mas acredito que em países como os Estados Unidos o apoio a essa área seja muito maior, o que cria mais oportunidades.
Além de atuar e dublar, você também cria conteúdo no Instagram. Como é sua relação com as redes sociais e como isso impacta sua carreira?
Adoro criar conteúdo, pois é uma forma de me manter ativa nas redes sociais, estando ou não na televisão. Comecei a gravar vídeos durante a pandemia de 2020, e foi aí que descobri minha paixão pelo mundo da maquiagem, que amo até hoje. Minha relação com o público é espetacular. Adoro estar próxima deles e mostrar minha vida pessoal, para que todos vejam que somos iguais em muitos aspectos!
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