Depois de um dia difícil, palavras de acolhimento podem ser um alívio para seguir em frente. Foi com essa ideia que o filósofo Deusiel Diaz lançou 180 motivos em frases e pensamentos para refletir e aquecer o coração, uma coletânea de reflexões que ajudam os leitores a enfrentarem os desafios diários com mais leveza. A obra, que pode ser lida em qualquer ordem, aborda desde dilemas cotidianos até questões existenciais mais profundas, trazendo frases inspiradoras e ilustrações que ampliam sua mensagem de conforto e resiliência.
Seu livro explora a dualidade da natureza humana, mostrando como somos capazes de expressar tanto bondade quanto comportamentos sombrios. Como foi para você refletir sobre essas contradições e transformá-las em mensagens que acolhem o leitor?
Na verdade, para mim foi bem tranquilo e gratificante escrever sobre esse assunto tão difundido na literatura mundial. Eu somente coloquei no papel o que pude vivenciar na caminhada da minha vida. Contudo, se prestamos atenção às coisas a nossa volta, percebemos facilmente a dupla face nelas e nas pessoas. Nem tudo que vemos é como realmente se apresenta, o que está oculto sempre é maior do que nossa capacidade de ver.
A proposta de leitura livre, sem uma ordem específica, permite que o leitor encontre nas suas palavras o conforto que precisa para cada momento. Como você acredita que essa liberdade de leitura pode tornar a experiência mais pessoal e significativa para quem está passando por dificuldades?
Minha contribuição literária contida no livro é ir ao encontro da centelha divina no íntimo de cada ser. Então, ao lerem às frases, encontrarão o que cada uma busca. Elas estão em múltiplo sentido na vida.
Você menciona que o livro aborda questões como pressões no trabalho, conflitos familiares e crises de fé. Como você buscou equilibrar mensagens de acolhimento sem minimizar a complexidade dessas experiências humanas?
Às frases tem sentido de expandir a visão e a mentalidade de quem está vivendo tais situações. Não são um manual para ser feliz, mas pequenas gotas de luz e esperança na aridez impregnada nos dissabores da vida cotidiana.
As ilustrações que acompanham as frases trazem representações de figuras como pescadores, bailarinos e mães. Por que você escolheu essas imagens específicas e de que forma elas dialogam com o propósito das mensagens que você transmite?
Todas às imagens no livro representam leveza e pureza humana, por isso estão bem representadas nele. O livro, do início ao fim, deve representar sossego, simplicidade, aconchego, clareza e alegria, tudo no sentido de aquecer o coração de quem está lendo.
Ao abordar temas existenciais, como a busca por equilíbrio entre luz e sombra, você propõe uma reflexão profunda sobre o sentido da vida. Qual foi o maior aprendizado pessoal que você teve durante o processo de escrita desse livro?
Aprendi a fazer fazendo. Porque, na verdade, essas frases e pensamentos já andavam comigo desde a minha puberdade. Assim sendo, eu coloquei em prática o que já conhecia na teoria, que é movimentar algo mesmo sem saber o resultado, porque ele vem no caminhar, desenvolvendo-se no que planejamos.
Os quatro poemas que você incluiu ao final da obra falam sobre o tempo, os sonhos e as relações humanas. Como essas poesias complementam o conteúdo das frases e ajudam o leitor a encontrar um fechamento emocional ao final da leitura?
Os poemas no final do livro e a reflexão sobre o tempo e o momento estão na obra, a princípio, como bonificação para o leitor. Essas quatro partes foram escritas na forma estética, poética e literária. Creio que elas carregam enormes fundamentos que podem nos auxiliar a olharmos para nós mesmo, em uma introspecção necessário nesses tempos de preconceito, pre-juízo, indiferença, descrença em quase tudo na vida, e correria diária, que nos dá fadiga e nos aprisiona.
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