Responsáveis por coordenar todas as atividades na direção da Polícia Civil, incluindo as partes administrativas e operacionais, os delegados realizam diariamente trabalhos dinâmicos para garantir a condução das investigações, andamento de casos, e responsabilizar criminalmente aqueles que infringem as nossas leis.
No cargo de delegado desde 1999 na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, o Dr. Antônio Ricardo Lima Nunes, de 53 anos, que também é especialista em segurança pública, acredita que os ensinamentos que recebeu na faculdade em 1991, foram uma das principais armas que o fez dedicar-se anos até conquistar 15 cargos de direção em seu currículo, e que hoje o ajudam em todas as atividades de seu trabalho: “Creio que os ensinamentos da faculdade de direito que ainda são úteis no dia a dia é, na verdade, a busca de Justiça. Delegacia de polícia é o primeiro garantidor dos direitos fundamentais do cidadão.”
Para Antônio, as expectativas para as pessoas que buscam assumir esse posto na justiça ainda são muito grandes, pois essa função de dentro da delegacia, acaba influenciando toda a sociedade: “Antes de me formar pensava em ser defensor público, pois acreditava que a defensoria pública tinha uma visão de proteger aqueles que necessitam de ajuda. Hoje tenho certeza que fiz a melhor opção. Retirar um criminoso de circulação é ótimo profissionalmente e a sociedade sente no dia a dia sua atuação na segurança pública.”
Questionado sobre como são as atividades de sua profissão, o delegado conta que além de garantir os direitos humanos aos que são conduzidos, lembra que conforme a Constituição Federal, ele possui ainda a função de guardião dos direitos fundamentais do cidadão: “O delegado, no exercício da sua atividade, prevista no Artigo 144, inciso 4°, parágrafo 4º da Constituição Federal: tem que ser o guardião dos direitos fundamentais do cidadão bem como conduzir investigações e apurar fatos de relevância criminal, buscando autoria e materialidade.”
Ainda sobre a carreira do delegado, vale ressaltar sua atuação como chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) do Rio de Janeiro, onde ganhou notoriedade por ter trabalhado em diversos casos, como foi a participação no caso Marielle Franco, morta em 2018.
Matéria escrita originalmente para Universidade Estácio de Sá